terça-feira, 10 setembro, 2024
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    A enfermidade que ceifou a existência de Napoleão: tumor gástrico | Napoleão Bonaparte | Elementos de risco | Sinais iniciais

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    Texo traduzido e adaptado do inglês, publicado pela sede americana do Epoch Times.

    O tumor gástrico, um tipo de neoplasia com alta frequência e letalidade, encerrou a vida do renomado personagem histórico, Napoleão Bonaparte. Este artigo explora os fatores predisponentes e padrões de vida que elevam a possibilidade de desenvolver tumor gástrico, identifica seus primeiros indícios e discute estratégias de prevenção.

    A origem do óbito do líder francês Napoleão tem sido objeto de debate por bastante tempo, sendo o envenenamento e o câncer gástrico as principais conjecturas. Entretanto, um caso de estudo publicado na revista Nature Clinical Practice Gastroenterology & Hepatology em 2007 indicou que Napoleão faleceu em consequência de um tumor gástrico avançado (ao menos estágio 3A), com uma massa superior a 10 centímetros que se expandia da cárdia (onde o esôfago se conecta ao estômago) ao piloro (válvula no fundo do estômago), mas sem indícios de metástase.

    Esse estágio avançado do câncer, mesmo com terapia moderna, apresenta uma taxa de mortalidade superior a 50% em um ano. O exame cadavérico revelou uma quantidade relevante de material escuro no estômago de Napoleão, apontando que ele provavelmente faleceu em decorrência de hemorragia gástrica.

    Elementos de risco

    Conforme dados globais sobre câncer em 2022, divulgados pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), o tumor gástrico é classificado como o quinto câncer mais frequente ao redor do mundo, após os tumores de pulmão, mama, colorretal e próstata.

    Um estudo de 2020 no International Journal of Molecular Sciences identificou diversos fatores que ampliam substancialmente o risco de tumor gástrico, incluindo antecedentes familiares, ingestão de álcool, regime alimentar, tabagismo, infecção por Helicobacter pylori e infecção pelo vírus Epstein-Barr (EBV).

    1. Histórico Familiar

    Napoleão possivelmente teve antecedentes familiares de tumor gástrico; seu pai faleceu aos 39 anos, com um relato post-mortem apontando um tumor no estômago. Contudo, segundo o Dr. Robert Genta, docente de patologia do Centro Médico Southwestern da Universidade do Texas e coautor do estudo de 2007, a literatura existente não é capaz de confirmar de forma definitiva se Napoleão de fato possuía um histórico familiar de tumor gástrico.

    Um artigo evidenciou que cerca de 10% dos indivíduos com tumor gástrico apresentam uma predisposição genética. Parentes de pacientes com tumor gástrico possuem de 1,5 a 3 vezes mais probabilidade de desenvolver a doença em comparação

    para aqueles sem antecedentes familiares, tendo o câncer gástrico difuso hereditário especialmente propício à transmissão genética.

    2. Alimentação

    O câncer de estômago de Napoleão também pode estar relacionado à sua alimentação. Durante suas campanhas militares, suas refeições eram frequentemente irregulares, e a dieta do exército consistia principalmente em enlatados e carnes assadas, com pouquíssimas frutas e vegetais frescos.

    A conexão entre fatores alimentares e o risco de câncer de estômago tem sido amplamente pesquisada. O Fundo Mundial de Pesquisa em Câncer e o Instituto Americano de Pesquisa em Câncer, em seu relatório de 2018 intitulado Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer de Estômago, observaram evidências substanciais indicando que o consumo de alimentos em conserva aumenta o risco de câncer gástrico. Por outro lado, um aumento no consumo de frutas e vegetais, juntamente com uma redução no consumo de carnes grelhadas, pode estar relacionado a um risco menor. Por exemplo, consumir 100 gramas adicionais de frutas cítricas diariamente pode diminuir o risco de câncer de cárdia em 24%. Além disso, o consumo de três ou mais bebidas alcoólicas diariamente também foi associado a um maior risco de desenvolver câncer de estômago.

    3. Infecções

    Diversos estudos epidemiológicos identificaram a infecção por Helicobacter pylori como um fator de risco para o câncer de estômago. O estudo citado pelo Dr. Genta indicou que Napoleão provavelmente estava infectado com Helicobacter pylori, o que levou ao desenvolvimento de úlceras estomacais.

    Além do helicobacter pylori, o vírus de Epstein Barr está ligado ao câncer de estômago, com cerca de 10% dos casos associados a essa infecção.

    Sinais iniciais

    Embora os índices de incidência e mortalidade do câncer de estômago sejam elevados, o diagnóstico precoce e o tratamento são bastante eficazes. No entanto, os primeiros sintomas costumam passar despercebidos, o que resulta no diagnóstico do câncer de estômago em estágios avançados ou metastáticos.

    Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer, entre 2014 e 2020, a taxa de sobrevida relativa em cinco anos para pacientes com câncer de estômago foi de aproximadamente 36%. Quando o câncer está localizado no estômago, a taxa de sobrevida em cinco anos é em torno de 75%. Se houver disseminação para os gânglios linfáticos próximos, a taxa cai para menos de 36%. Caso ocorra metástase para locais distantes, a taxa de sobrevida em cinco anos é de apenas 7%.

    Os primeiros indícios de câncer de estômago incluem:

    • Má digestão e sensação de inchaço após as refeições
    • Desconforto estomacal, que pode se manifestar como dor contínua, queimação ou aguda
    • Falta de apetite e perda de peso inexplicável
    • Enjoo e vômito
    • Cansaço e debilidade

    Esses sinais frequentemente são confundidos com outras situações, como feridas, inflamação estomacal ou má digestão. Mesmo que possam ser originados por diversos distúrbios digestivos, é fundamental permanecer atento caso persistam por um longo período e se intensifiquem.

    6 sugestões para evitar o câncer de estômago

    O tratamento precoce é vital para o combate ao câncer de estômago, porém é sempre mais vantajoso prevenir do que remediar. As seguintes mudanças de hábito podem ajudar a diminuir o risco de desenvolver câncer no estômago.

    1. Modifique os costumes alimentares

    Uma alimentação diária saudável precisa ser variada e incluir o consumo restrito de alimentos altamente processados, defumados e fritos. O controle na ingestão de sal e gordura também é relevante.

    É crucial destacar que as gorduras insaturadas são benéficas para a saúde e podem reduzir o risco de várias enfermidades crônicas. Os ácidos graxos saturados não são prejudiciais, mas ainda assim devem ser consumidos com moderação.

    2. Abstenha-se de fumar e consumir álcool

    O tabagismo e o consumo de álcool não apenas elevam a probabilidade de câncer no estômago, mas também contribuem para o aparecimento de várias doenças crônicas.

    Uma pesquisa constatou que ingerir mais de 42 gramas de álcool por dia aumenta em 42% o risco de câncer de estômago. O álcool pode incrementar a geração de radicais livres, e seu metabólito acetaldeído foi classificado como cancerígeno para seres humanos (Grupo 1) pela IARC.

    Uma recente análise sistemática divulgada no Gastric Cancer em março indicou que a probabilidade de desenvolver câncer de estômago aumenta gradativamente com um maior tempo de tabagismo e diminui progressivamente com períodos mais extensos de abstinência. A revisão confirmou que fumar representa um fator de risco independente para o câncer gástrico, principalmente cárdia gástrica.

    3. Assegure a higiene alimentar

    A contaminação pela bactéria helicobacter pylori (H. pylori) é uma causa comum de úlceras no estômago e um fator de risco reconhecido para o câncer gástrico. Geralmente ocorre ao consumir alimentos ou água contaminados ou ao compartilhar refeições com uma pessoa infectada. Preservar a higiene alimentar é essencial; realizar o teste de infecção por H. pylori imediatamente é necessário se surgirem complicações gastrointestinais.

    4. Submeta-se a check-ups regulares

    Os exames de ultrassom e endoscópicos podem identificar inflamações, úlceras, pólipos e células e tecidos cancerígenos em estágio inicial no estômago.

    5. Diminua o estresse digestivo

    Padrões alimentares irregulares e excessos podem resultar em várias enfermidades digestivas. Por outro lado, manter uma alimentação normal, regular e moderada pode reduzir a produção anormal de ácido estomacal, prevenindo assim fatores que colaboram para o câncer de estômago, como inflamação estomacal e úlceras.

    6. Pratique exercícios com frequência

    A prática regular de exercícios também pode diminuir o risco de câncer de estômago e auxiliar na prevenção de outras doenças crônicas.

    Um estudo de revisão de 2019 do American College of Sports Medicine constatou que indivíduos que se exercitam regularmente nos momentos de lazer possuem até 20% menos risco de desenvolver câncer de estômago. Para pacientes diagnosticados com câncer de estômago, a prática frequente de exercícios está relacionada a uma redução de 25% no risco de mortalidade.

    Em síntese, pessoas com alto risco de câncer gástrico devem se manter alertas. O reconhecimento precoce dos sintomas e a realização imediata de exames são essenciais para manter uma boa condição de saúde.

     

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