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Durante muito tempo, o funcionamento dos tratamentos com substâncias inativas sem efeito terapêutico no cérebro, conhecidos como placebos, para dissimular a dor, permaneceu um enigma não compreendido. Entretanto, um novo estudo revelou que um elo entre o córtex e o cerebelo é fundamental para eliminar a dor de um indivíduo sem utilizar qualquer tipo de analgésico.
Compreenda:
- Cientistas identificaram que um elo entre o córtex e o cerebelo é responsável pelo chamado efeito placebo;
- Por meio de testes em camundongos, a expectativa de alívio da dor aumentou a atividade de neurônios e sinapses ao longo desse elo – mesmo quando um tratamento placebo foi utilizado;
- Com essa descoberta, a equipe espera encontrar novas abordagens para o alívio de dores – incluindo aquelas relacionadas a distúrbios crônicos, cujo tratamento é desafiador;
- O estudo foi publicado na revista Nature.
No comunicado, Greg Scherrer, responsável pelo estudo publicado na revista Nature, afirma: “é completamente inesperado que neurônios em nosso córtex cerebral se comuniquem com o elo que liga o cerebelo, ajustando assim os limites da dor. Nossos resultados abrem a possibilidade de ativar essa via por outros meios terapêuticos, como medicamentos ou métodos de neuroestimulação.”
O efeito placebo é originado do seu cérebro – literalmente!
A equipe conduziu testes com camundongos e constatou que, ao longo do elo que conecta a parte frontal do cérebro ao cerebelo, a atividade dos neurônios e sinapses aumentava significativamente com a expectativa de alívio da dor – mesmo nos casos em que nenhum medicamento real foi administrado.
Nas situações em que os camundongos receberam tratamento com placebo, os pesquisadores observaram que os neurônios do córtex cingulado anterior (CCA) enviavam sinais para os núcleos do elo, os quais, até então, não se acreditava ter qualquer relação com a dor ou seu alívio. No percurso, outros sinais também eram ativados.
“Ao inibirmos a atividade nesse caminho, percebemos que estávamos bloqueando a analgesia do placebo e reduzindo os limiares de dor. Em contrapartida, na ausência do condicionamento placebo, ao ativarmos o caminho, promovemos o alívio da dor”, destaca Scherrer.
A equipe acredita que essa descoberta pode contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens para o alívio de dores – inclusive aquelas associadas a distúrbios crônicos, cujo tratamento é complexo.
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