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O representante legal de Mauro Cid, o tenente-coronel e ex-assessor pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro, Cezar Bitencourt, mencionou que o militar está arrependido de ter feito um “desabafo” revelado em áudio e que resultou em seu retorno à detenção, em março deste ano.
Cid foi libertado na sexta-feira (3) por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“É claro que foi um erro. Mauro Cid é um sujeito perspicaz. O celular é um universo em si, ninguém consegue controlar”, comentou o advogado em entrevista coletiva concedida nessa sexta-feira.
Ao confirmar que o militar se arrepende de suas palavras, Bitencourt revelou que Cid não se recorda com quem conversava na ocasião.
Nos áudios divulgados, Cid menciona pressões para colaborar com investigações, critica o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e menciona que a Polícia Federal (PF) teria uma “linha de investigação predefinida” contra Bolsonaro.
Após a decisão tomada na sexta-feira, o militar passou a cumprir prisão domiciliar com monitoramento eletrônico, conforme determinado em setembro do ano anterior, quando foi concedida a liberdade provisória a Cid após ele aceitar colaborar com as investigações.
Além de usar a tornozeleira eletrônica, o militar deverá cumprir recolhimento domiciliar noturno e comparecer periodicamente à Justiça. Ademais, Cid está proibido de sair do país, utilizar redes sociais e manter contato com outros investigados, exceto sua esposa, filha e pai.
Questionado se o ex-assessor de Bolsonaro se sente “isolado” por antigos colegas de governo, o advogado mencionou que tal sentimento pode existir, mas que a defesa não se preocupa com isso.
“Nós temos nossos limites. Nosso foco é nos fatos, no que Cid tem a nos comunicar. Analisamos isso, orientamos conforme necessário e apresentamos as provas pertinentes. Quanto à colaboração de terceiros, se Cid espera ou não esse apoio, é uma questão dele. Eu não espero. Temos um trabalho a fazer e uma defesa a conduzir e, sobre isso, ele talvez esperasse um apoio moral, um conforto, algo assim, e não mais do que isso. Além disso, ninguém mais pode interferir, quem pode agir no processo é ele mesmo (Cid) e nós, seus advogados”, destacou Bitencourt, enfatizando também que Cid não pode manter contato com os demais envolvidos, conforme determinação do juiz e da própria defesa.
Na ordem de prisão preventiva de março, Moraes alegou violações de medidas cautelares e obstrução da Justiça. Cid foi detido pela primeira vez em maio do ano anterior, durante a Operação Venire, que investigava possíveis irregularidades em cartões de vacinação.
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