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Quem reside no Brasil desconhece a dimensão da Amazon nos Estados Unidos. Talvez até cogite, mas a presença dela no mercado nacional não se compara à potência que a marca se tornou em seu país de origem.
Lá, a gigante de tecnologia lidera no ramo do comércio eletrônico. A fatia de consumidores que ela possui, conhecida como market share, chega a quase os 40%! Isso sem mencionar os outros serviços que ela disponibiliza, desde seu Prime Video até computação em nuvem.
E a empresa segue em expansão. A Amazon acabou de anunciar um lucro líquido de US$ 10,43 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Isso representa um aumento de praticamente 300% em relação ao mesmo período do ano anterior.
As receitas da companhia atingiram US$ 143,31 bilhões entre janeiro e março, registrando um crescimento de 12,5% em comparação a 2023. Ambos os resultados superaram as estimativas do mercado financeiro.
As vendas na América do Norte subiram 12%, totalizando US$ 86,3 bilhões, enquanto no mercado internacional o avanço foi de 10%, totalizando US$ 31,9 bilhões.
Ênfase na computação em nuvem
A Amazon Web Service (AWS), a plataforma de serviços de computação em nuvem da varejista, registrou um aumento de 17% na receita, alcançando US$ 25 bilhões.
Em comunicado aos acionistas, o CEO da Amazon, Andy Jassy, atribuiu esse crescimento a uma retomada dos gastos das empresas em projetos de tecnologia:
“A combinação de empresas que renovam seus esforços de modernização de infraestrutura e o apelo dos recursos de inteligência artificial da AWS está reacelerando a taxa de crescimento da AWS, agora com uma taxa de receita anual de US$ 100 bilhões”, escreveu.
O crescimento desse setor de serviços na nuvem reduziu para um mínimo recorde no ano passado, em um movimento que começou em 2020, na pandemia. As empresas começaram a cortar custos e só os recuperaram recentemente.
Os investidores estão confiantes em uma recuperação ainda mais robusta neste ano – e não apenas por causa da Amazon. Na semana passada, tanto a Microsoft quanto a Alphabet, do Google, divulgaram balanços positivos. São os dois principais concorrentes da Amazon no ramo de computação e armazenamento de dados.
Êxito às custas de reduções
- Os executivos creditam o desempenho acima da média da Amazon nos últimos anos à liderança do CEO Andy Jassy.
- Ele diminuiu custos nos últimos anos, ao desligar milhares de colaboradores, mas conseguiu, apesar disso, entregar centros logísticos mais eficazes.
- O diretor também impulsionou grandes investimentos em serviços de Inteligência Artificial, área na qual a Amazon espera gerar dezenas de bilhões de dólares em receita nos próximos anos.
- Outro fator (menor) que ajuda a explicar o aumento dos lucros é a decisão de introduzir publicidade no Prime Video.
- Com essa nova abordagem, as receitas com publicidade aumentaram 24%, totalizando US$ 11,8 bilhões.
- Com esse conjunto de notícias favoráveis, as ações da Amazon subiram cerca de 4% nas bolsas americanas.
- Em 2024, os papéis acumulam alta de aproximadamente 15%.
As informações são da agênciade notícias Reuters.
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