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O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que calcula a inflação no Brasil, teve incremento de 0,30% em julho, de acordo com o que foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na quinta-feira (25).
O resultado ficou acima da projeção do mercado financeiro, que esperava um acréscimo de 0,28%, conforme relatório do Banco Central (BC) divulgado em 22 de julho.
Entretanto, o índice de 0,30% para julho se situou abaixo da taxa anotada em junho, de 0,39%.
No agregado do ano, o IPCA-15 demonstra incremento de 2,82%, enquanto nos últimos 12 meses, a inflação mensurada pelo índice é de 4,45% — próxima do limite de 4,5% — superando os 4,06% anotados no mesmo período de 2022-2023.
Influências setoriais
Dos nove conjuntos de produtos e serviços analisados, sete tiveram alta. O setor de transportes foi o que apresentou a maior elevação de preços, com 1,12%, correspondendo a 0,23% do índice.
A elevação foi influenciada especialmente pela alta de 19,21% nas passagens aéreas e pelo aumento nos preços dos combustíveis. A gasolina teve acréscimo de 1,43%, o etanol 1,78% e o óleo diesel 0,09%. O gás veicular teve uma redução de 0,25%.
Os preços para habitação também subiram 0,49%, contribuindo com 0,07% para o índice geral.
A elevação foi impulsionada principalmente pelo acréscimo de 1,20% na energia elétrica residencial, devido à vigência da tarifa amarela, que adiciona R$1,885 a cada 100 kWh consumidos. Além disso, houve reajustes tarifários em Belo Horizonte e São Paulo, que impactaram o resultado.
Destaques regionais
Dentre as áreas abrangidas pelo IPCA-15, Brasília teve a maior flutuação mensal, com aumento de 0,61%, influenciada pelas elevações nos preços da passagem aérea (13,68%), da tarifa de água e esgoto (5,02%) e da gasolina (2,94%). A menor variação foi observada em Recife, com uma queda de 0,05%, devido às reduções nos preços do tomate (-37,13%) e da cenoura (-28,27%).
Alimentação e bebidas
O conjunto Alimentação e bebidas teve recuo de 0,44%, após oito meses consecutivos de alta.
A alimentação no domicílio caiu 0,70%, com destaque para as reduções nos preços da cenoura (-21,60%), tomate (-17,94%), cebola (-7,89%) e frutas (-2,88%). No lado das altas, o leite longa vida teve aumento de 2,58% e o café moído 2,54%. Já a alimentação fora do domicílio desacelerou, passando de 0,59% em junho para 0,25% em julho.
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