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Os investigadores que fazem parte da equipe responsável por recapturar os prisioneiros que escaparam da penitenciária de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, relataram que eles teriam mantido uma família em cativeiro na noite de sexta-feira (16). Depois de se alimentarem, os fugitivos teriam deixado o local levando mantimentos. O fato foi inicialmente divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo na manhã deste sábado (17).
Durante as cerca de 4 horas em que permaneceram na residência da família, os criminosos teriam feito várias chamadas pelo WhatsApp, de acordo com o relato das vítimas aos investigadores. Algumas ligações foram feitas para o Rio de Janeiro, pois a pessoa do outro lado tinha sotaque carioca e teria afirmado estar na capital fluminense. Segundo os reféns, não houve violência.
A expectativa agora é que ambos os detentos sejam recapturados nas próximas horas, pois é provável que ainda estejam a até 15km do local onde a família foi abordada. Os foragidos são Deibson Cabral Nascimento, de 33 anos, e Rogério da Silva Mendonça, de 35, ambos ligados ao Comando Vermelho, uma facção criminosa liderada por Fernandinho Beira-Mar, também detido em Mossoró.
Desde a manhã de quarta-feira (14), quando a fuga foi detectada, os criminosos estão sendo perseguidos. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou a formação de uma equipe para investigar as circunstâncias da fuga e recapturar os detentos. De acordo com o ministro, cerca de 300 homens participam das buscas, que também incluem o patrulhamento de três helicópteros.
Na madrugada de sexta-feira, as forças envolvidas na operação para capturar os fugitivos estiveram perto de alcançá-los. Na ocasião, foram encontradas pegadas e diversos objetos, como roupas, toalhas e lençóis, descobertos em uma área rural de Mossoró, a cerca de 7 quilômetros da penitenciária, conforme informou a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) à Gazeta do Povo.
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