A Associação Nacional dos Agentes Penitenciários Federais (Anapen) refutou, em comunicado divulgado neste sábado (17), qualquer intervenção ou “auxílio externo” na fuga de dois reclusos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
“Os fugitivos não contaram com suporte externo, ou seja, não existia logística externa, eles não dispunham de veículo para evasão, celulares, casa de apoio e nem rota de fuga, o que nos leva a crer que não houve planejamento prévio e sim uma oportunidade que foi aproveitada e obtiveram sucesso”, afirma o documento.
Conforme a entidade, que reúne cinco sindicatos da categoria, as unidades prisionais do sistema federal, consideradas de segurança máxima, permanecem “protegidas”. E enfatizou, que ‘se for confirmada a participação de agentes durante a fuga’ dos detentos, Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, será necessário “agir com isenção sem qualquer corporativismo”.
“Finalizadas as averiguações, se houver algum agente penitenciário federal envolvido agiremos com isenção sem qualquer corporativismo, pois o nosso maior orgulho sempre foram os índices estatísticos de zero fuga, zero rebelião, zero celular”, declara a associação.
O comunicado foi divulgado, após os agentes penitenciários receberem uma série de acusações sobre corrupção na instituição. Nesta sexta (16), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) cogitou que houve auxílio de alguém interno da unidade para facilitar a saída dos detentos.
Além de defender a continuidade das investigações, a associação destacou que desde que o Sistema Penitenciário Federal começou a operar, nunca registrou problemas de segurança ou operacional. “As penitenciárias federais continuam seguras e cumprindo o seu devido papel, o isolamento de lideranças criminosas inseridas no Sistema Penitenciário Federal”, reforçou no comunicado.
Dois presos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, evadiram-se da unidade de segurança máxima na última quarta-feira (14) As informações preliminares apontam que eles são vinculados ao Comando Vermelho e estavam detidos anteriormente em Rio Branco, no Acre. Esta é a primeira evasão de uma penitenciária federal de segurança máxima desde que o sistema foi criado em 2006.