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Tudo sobre Artemis
No mês de dezembro de 2022 a primeira viagem do projeto Artemis retornou à Terra, e agora, um relatório de observação revelou que a nave espacial Orion sofreu prejuízos em mais de 100 locais durante sua reentrada na atmosfera. Os contratempos foram consideravelmente maiores do que os engenheiros da NASA esperavam, levantando questionamentos quanto à viabilidade do programa transcorrer como planejado.
Para os apressados:
- O relatório de observação apontou questões no revestimento térmico, em determinados parafusos da nave e na estrutura de lançamento;
- Adicionalmente, também foi manifestada a apreensão de que tais problemas possam interferir no cronograma do programa Artemis;
- A NASA ressaltou que o tom do relatório os deixou inquietos, pois os problemas mencionados já estavam sob discussão.
Problemas na Orion
Durante a reentrada, a cápsula enfrentou temperaturas de 2700 graus Celsius a velocidades de 40 mil quilômetros por hora. Apesar de ter sobrevivido, imagens do seu revestimento térmico mostraram que ao invés de derreter como previsto, na realidade, apresentava ranhuras que se assemelhavam a pequenos orifícios. Conforme o relatório, se algo similar ocorrer nas próximas missões Artemis, os contratempos poderiam acarretar na perda da nave ou incluso da tripulação.
O relatório também salienta como os contratempos na nave podem gerar desafios tanto para a NASA quanto para seu cronograma de retorno da humanidade à Lua. A missão Artemis 2 estava inicialmente programada para ocorrer em 2024, porém no início do ano a agência adiou-a para não antes de setembro de 2025, a fim de compreender como se originaram os danos no revestimento térmico.
Apesar de Bill Nelson, administrador da NASA, ter mencionado recentemente em um comitê do Congresso que ainda acredita que o pouso humano na Lua ocorra até o final de 2026, o relatório sugere o contrário. Além dos problemas no revestimento térmico, os parafusos no módulo de tripulação ficaram expostos, provocando um aquecimento maior e erosões superiores ao esperado.
O relatório de observação também indicou que o foguete do Sistema de Lançamento Espacial, que levou a Orion ao espaço, acabou ocasionando contratempos nos equipamentos terrestres, como danos a um elevador na torre de lançamento. Todos os reparos na estrutura demandaram cerca de 25 milhões de dólares para a NASA, quando a previsão inicial era de 5 milhões.
Como a NASA recebeu o relatório
O relatório tem gerado preocupação na NASA, Catherine Koerner, administradora associada da agência, em resposta ao Washington Post, apontou que os problemas já estavam sendo abordados antes da publicação do relatório.
A Nasa previa descobrir e solucionar problemas antes do Artemis 2. Esse procedimento de identificar e enfrentar desafios de engenharia é uma parte intrínseca do ciclo de elaboração, teste e ajustes. A Nasa está apreensiva de que o tom do relatório possa insinuar que o [Inspetor Geral] tenha identificado os riscos mencionados, quando, na realidade, todas as sugestões já estavam sendo tratadas pela Nasa por meio de uma abordagem baseada no risco antes da auditoria.
Catherine Koerner
A Nasa estabeleceu uma equipe de investigadores para compreender como a erosão ocorreu e por que o desempenho foi distinto do aguardado. Até o momento, os pesquisadores não chegaram a uma conclusão, uma vez que não é viável reproduzir as condições de reentrada na atmosfera. Ademais, os engenheiros estão examinando maneiras de minimizar a perda de carvão na proteção térmica, alterando seu desenho e planejando outras trajetórias de reentrada da Oríon na atmosfera.
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