[ad_1]
Em coletiva de imprensa hoje, o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, falou sobre as recentes declarações do proprietário da SAF do Botafogo, John Textor, acerca da arbitragem no Brasil.
Em conversa com o jornal O Globo, o empresário norte-americano afirmou ter indícios de que árbitros receberam subornos antes de partidas nos Brasileirões de 2021, 2022 e 2023, e destacou que apresentará provas nos próximos 30 dias.
Indagado sobre o assunto, Braz foi cuidadoso e mencionou que aguardará os próximos passos de Textor antes de se manifestar.
O dirigente rubro-negro considerou a situação “muito séria”.
“Por conta da minha função como vice-presidente de futebol, é meu dever abordar o tema após a apresentação das possíveis evidências, gravações, filmagens. Após ele apresentar isso, ficarei à vontade para opinar. Até lá, deixemos apenas Textor falar”, começou
“Nunca ouvimos falar sobre esse assunto [subornos na arbitragem]. Textor está lidando com isso, com a responsabilidade dele, sobre o que falou. No entanto, a situação está bastante delicada, seja para Textor, seja para a CBF. Assunto muito sério”, continuou.
“Agora, ou Textor vem e comprova o que disse, não estou emitindo juízo de valor sobre ele. Se ele não o fizer, vamos aguardar a reação da CBF. Diante dessas acusações, não tomar providências torna-se complicado”, ressaltou.
Em nota divulgada também hoje, a Anaf (Associação Nacional dos Árbitros de Futebol) abordou o tema e afirmou que, caso Textor não mostre as evidências que diz possuir, o norte-americano deve ser “excluído do futebol”.
John Textor durante cerimônia na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em 2022 Vitor Silva/BotafogoO que Textor disse e como planeja agir?
O norte-americano declarou possuir gravações de árbitros reclamando por não terem recebido os subornos prometidos e afirmou que “nos próximos 30 dias os torcedores saberão o que realmente aconteceu no campeonato”. O dirigente assegurou que houve manipulação e erros nos anos de 2021, 2022 e 2023.
“Nos últimos jogos do ano passado, a raiva foi tão intensa que foi muito difícil de assistir. Não pode ser assim. Não conquistaremos campeonatos dessa forma. E os torcedores descobrirão, nos próximos 30 dias, o que realmente aconteceu no campeonato. Eles sabem o que penso sobre isso, mas não divulgarei isso na imprensa. Seria irresponsável. Os árbitros no tribunal esportivo não deveriam estar fazendo piadas sobre manipulações e erros”, disse Textor, ao jornal O Globo.
1
“Alguém dizer que não há corrupção no Brasil, quando tenho árbitros gravados reclamando por não receberem seus subornos… Talvez a CBF não devesse me processar. Não acusei Ednaldo. Jamais mencionei algo sobre ele. Ele não é corrupto. Ele é alguém que lidera uma organização que precisa, provavelmente, gerenciar melhor a corrupção externa. Porque é uma luta contra fatores externos. É uma batalha que existe e está presente. Houve manipulações e erros em 2021, 2022, 2023, e temos provas”, concluiu.
No X (antigo Twitter), Textor também explicou como pretende lidar com a denúncia contra a arbitragem brasileira.
1
“Com relação a esclarecimentos sobre litígios iniciados pela CBF e afiliadas, saibam que não entraremos em litígios através da imprensa. Forneceremos evidências e documentação pertinentes, primeiramente, por meio dos processos oficiais”, escreveu.
No final de 2023, John Textor contratou a empresa Good Game!, que usou uma metodologia própria para elaborar um relatório e analisar os erros de arbitragem durante o Campeonato Brasileiro, bem como seus impactos na classificação final. O dirigente enviou um pedido de investigação ao STJD, que, posteriormente, foi arquivado.
Vale destacar que o acionista majoritário da SAF e o próprio Botafogo estão enfrentando processos judiciais movidos por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, em virtude da entrevista que o norte-americano concedeu após a partida contra o Palmeiras no Estádio Nilton Santos.
Próximos jogos do Botafogo:
[ad_2]