sábado, 5 outubro, 2024
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    Causa principal para término da Operação Lava Jato é apontada como ação de políticos

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    Um estudo realizado pela Genial/Quaest divulgado neste domingo (3) pelo jornal O Globo revela que, para a maioria dos cidadãos brasileiros, o encerramento da Lava Jato foi motivado pela atuação de políticos que almejavam interromper as investigações. Este mês marca uma década desde o início daquela que é considerada a maior operação de combate à corrupção já feita no país.

    Segundo o estudo, 42% dos entrevistados acreditam que a força-tarefa chegou ao fim por causa da intervenção dos políticos. Já para 25% ocorreram excessos e equívocos por parte dos investigadores e magistrados envolvidos na operação. Outros 8% indicaram que, em 2021, a corrupção no governo teria sido erradicada e não restava mais nada para ser investigado.

    Quase metade dos entrevistados (49%) declara que a Lava Jato contribuiu para o combate à corrupção, enquanto 37% discordam dessa afirmação. Para 50%, a operação “teve um impacto positivo” no Brasil, em contraposição a 28% que consideram que ela “teve um impacto negativo”. Outros 7% responderam que “não teve impacto positivo nem negativo”.

    Lula, Moro e STF

    A Genial/Quaest também indagou aos entrevistados se eles consideram o atual chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva (PT) – condenado e encarcerado com base nas investigações da Lava Jato – culpado ou inocente. O desfecho evidencia uma divisão de opiniões sobre o assunto, com ambas as alternativas alcançando 43%. Quando questionados se a Lava Jato investigou os partidos de forma equitativa, 23% afirmaram que sim, enquanto 28% declararam que ela investigou predominantemente o PT.

    Já o desempenho do ex-magistrado e atual congressista Sergio Moro (União Brasil-PR) à frente da operação divide os cidadãos. Dos entrevistados, 44% reprovam o trabalho por ele realizado, ao passo que 40% aprovam.

    O estudo também colheu a opinião dos cidadãos sobre as penas da Lava Jato que foram anuladas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Isso engloba as condenações do presidente Lula e, mais recentemente, a suspensão, pelo ministro Dias Toffoli, de R$ 14 bilhões em multas impostas a empresas que foram alvo da força-tarefa. Para 74% dos entrevistados, o Supremo está fomentando a corrupção ao anular as penas.

    A pesquisa Genial/Quaest entrevistou pessoalmente 2 mil cidadãos brasileiros maiores de 16 anos em 120 municípios. A margem de erro é calculada em 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

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