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Os especialistas do mercado financeiro elevaram para 4,05% a previsão para a inflação deste ano, conforme o Relatório Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (22). O índice está 0,05 ponto percentual acima do registrado há uma semana e 0,07 há um mês.
Além do acréscimo do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo, indicador oficial da inflação no país), os especialistas consultados pela autarquia também preveem um aumento do valor do dólar ao término do ano, subindo de R$ 5,22 para R$ 5,30. Há um mês estava em R$ 5,15.
Mesmo diante do aumento da inflação e da cotação do dólar, o mercado financeiro projeta um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2,15% neste ano – também superior às projeções de 2,11% na semana passada e 2,09% há um mês. Consulte o relatório completo aqui.
O aumento das expectativas no relatório desta segunda-feira (22) ocorre pouco antes do Ministério do Planejamento e Orçamento anunciar os setores que serão impactados pelo congelamento de R$ 15 bilhões em verbas, como parte do esforço para fechar as contas de 2024 em equilíbrio. Os detalhes serão apresentados no Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, às 16h.
“Teremos que realizar uma contenção de R$ 15 bilhões para manter o cumprimento das regras fiscais até o final do ano. Isso inclui um bloqueio de R$ 11,2 bilhões, devido a um excesso de despesas acima dos 2,5% estabelecidos nas regras fiscais, e um contingenciamento de R$ 3,8 bilhões devido à receita, especialmente devido ao fato de que ainda não foram resolvidas as questões pendentes junto ao Supremo Tribunal Federal e Senado”, declarou o ministro Fernando Haddad (Fazenda), na semana passada, ao anunciar a suspensão dos recursos.
Haddad afirmou que o déficit fiscal previsto no relatório estará “próximo da margem”, entre zero e 0,25%, porque a Receita Federal não levou em consideração possíveis compensações “por precaução”. No início do mês, o ministro já havia anunciado o corte de R$ 25,9 bilhões em despesas mandatórias para o Orçamento de 2025.
Para os próximos três anos, os especialistas do mercado financeiro mantiveram a previsão de manutenção da inflação em 3,9% em 2025, 3,6% em 2026 e 3,5% em 2027. Já o PIB do próximo ano deve diminuir de 1,97% para 1,93%.
E a taxa de juros básica Selic também não deve ter uma queda mais significativa, fechando 2024 nos atuais 10,5%, em 9,5% em 2026 e em9% em 2026 e 2027.
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