quinta-feira, 10 outubro, 2024
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    Dívida pública dos EUA atinge feito de US$ 35 trilhões | dívida nacional | Feito fiscal | dívida do governo federal

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    Texto traduzido e ajustado do inglês, divulgado pela sede americana do Epoch Times.

    Em um feito fiscal histórico para o governo federal, a dívida nacional elevou-se para 35 bilhões de dólares pela primeira vez, de acordo com informações do último relatório do Departamento do Tesouro sobre Dívida ao Centavo.

    Os atuais patamares de endividamento equivalem a US$ 105 mil por pessoa e US$ 266 mil por família.

    Washington acumulou mais de US$ 1 bilhão em dívidas em menos de sete meses. Nos últimos 12 meses, a dívida nacional aumentou quase US$ 2,35 trilhões , uma média de US$ 6,4 bilhões por dia.

    O presidente do Comitê de Orçamento da Câmara, Jodey Arrington (R-Texas), esta considerando o anúncio como “outro feito questionável no declínio fiscal da nação mais poderosa e próspera da história”.

    Desde janeiro de 2021, a dívida nacional aumentou cerca de US$ 7,3 bilhões.

    O imenso crescimento de números no vermelho inundando a capital do país chamou a atenção dos planejadores de políticas públicas.

    Em uma entrevista em fevereiro no programa 60 Minutes, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, admitiu que o governo federal está “em um caminho fiscal insustentável”.

    “E isso significa que a dívida está crescendo mais rapidamente do que a economia. Então, é insustentável. Não acho que isso seja um assunto controverso”, disse Powell.

    Duas das três grandes agências de classificação – Moody’s Investors Service e Fitch Ratings – reduziram a sua perspectiva sobre a dívida dos EUA, citando a degradação fiscal, negociações persistentes sobre o limite máximo da dívida e o aumento dos pagamentos de juros.

    Quando essas atualizações foram feitas no ano passado, a Casa Branca discordou das perspectivas das empresas.

    “Embora a declaração da Moody’s mantenha a classificação AAA dos Estados Unidos, discordamos da mudança para uma visão negativa. A economia americana continua forte e os títulos do Tesouro são o ativo líquido e seguro mais proeminente do mundo”, disse o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, em um comunicado.

    Nos últimos meses, a secretária do Tesouro, Janet Yellen, apresentou avaliações mistas sobre a situação fiscal do país.

    No início deste ano, a Yellen declarou aos parlamentares: “Precisamos reduzir os déficits e permanecer em um caminho fiscalmente sustentável”.

    Contudo, em uma entrevista em 13 de junho na CNBC, ela afirmou que “nos encontramos em uma situação aceitável”, desde que “a dívida permaneça estável em relação ao tamanho da economia”. Ela também fez menção ao custo efetivo dos jíuros da dívida.

    Produto Interno Bruto e pagamentos de jíuros

    A dívida pública é calculada em dólares atuais, o que significa que não sofre ajuste pela inflação. Por isso, para comparar de forma apropriada a dívida com a economia, as autoridades também avaliam a economia em dólares atuais.

    De acordo com estimativa do Departamento de Análise Econômica, o PIB em dólares atuais teve uma expansão anualizada de 5,2%, atingindo US$ 28,6 bilhões no segundo trimestre.

    O PIB em dólares atuais cresceu mais de 30% desde o início da pandemia da covid-19. Em contraste, a dívida pública aumentou cerca de 50% no mesmo período.

    Ademais, a dívida como porcentagem do PIB (sem ajuste para inflação) está levemente acima de 122%.

    Os pagamentos de jíuros aumentaram significativamente desde que o Federal Reserve deu o início ao seu ciclo de aperto quantitativo em março de 2022 (uma combinação de aumento das taxas de juros e redução do balanço patrimonial).

    O serviço da dívida passou a ser o segundo maior componente orçamentário, ultrapassando os gastos com defesa nacional.

    Os pagamentos líquidos de jíuros totalizaram US$ 682 bilhões nos primeiros nove meses do ano fiscal, ao passo que os gastos com defesa foram de US$ 644 bilhões.

    O aumento expressivo dos custos com jíuros tem consumido uma parte considerável das receitas governamentais.

    Em junho, os pagamentos de jíuros (US$ 140 bilhões) consumiram três quartos da receita de imposto de renda individual do mês (US$ 184 bilhões).

    O Tesouro estima que os pagamentos de jíuros e as arrecadações de imposto de renda para o ano completo serão, respectivamente, superiores a US$ 1,1 trilhão e US$ 2,5 trilhões. Dessa forma, os custos com jíuros representarão 44% das receitas de impostos.

    Saldo orçamentário

    Em junho, o Escritório de Orçamento do Congresso (CBO), um observador orçamentário neutro, atualizou suas projeções para o restante do ano fiscal e para a próxima década.

    As autoridades revisaram sua previsão para o saldo orçamentário deste ano.em US$ 400 bilhões, ou 27%, passando de US$ 1,5 trilhão para US$ 1,9 trilhão. As previsões de cenário base para os próximos dez anos também ressaltaram que a dívida pública ultrapassará US$ 50 trilhões até 2034, absorvendo toda a atividade econômica dos EUA.

    “Em relação ao tamanho da economia, a dívida aumenta de 2024 a 2034, à medida que o crescimento dos custos com juros e dos gastos obrigatórios superam a redução dos gastos discricionários e o crescimento das receitas”, afirmou o CBO. “A dívida pública sobe de 99% do PIB este ano para 122% em 2034, ultrapassando o recorde anterior de 106% do PIB.”

    De maneira cumulativa, de 2025 a 2034, o déficit federal anual totalizará US$ 22 trilhões, e os pagamentos de juros serão próximos a US$ 13 trilhões.

    Isso engloba US$ 85 trilhões em gastos federais, impulsionados por US$ 51,4 trilhões em despesas obrigatórias, US$ 20,5 trilhões em despesas discricionárias e o restante em juros líquidos.

    O Epoch Times entrou em contato com membros do Comitê de Orçamento da Câmara para comentários.

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