O empate entre São Paulo e Red Bull Bragantino neste sábado teve de tudo, especialmente emoção até o final, com dois gols nos minutos finais no empate por 2 a 2 no Morumbis.
Pela metade do segundo tempo, Robert Arboleda foi retirado do jogo após uma falta em Talisson, em que o defensor chegou atrasado e acabou atingindo a perna do jogador do Red Bull, que estava prestes a marcar um gol.
Inicialmente, o árbitro Vinicius Gonçalves Dias não assinalou falta, permitindo que o jogo continuasse. Contudo, o VAR o chamou e ele foi assistir ao vídeo, resultando na expulsão direta do são-paulino em seguida.
Logo após a falta de Arboleda que não foi marcada, Helinho cometeu falta em Erick e recebeu um cartão amarelo, sendo expulso posteriormente por reclamação.
Analisando o lance, a comentarista de arbitragem da ESPN, Renata Ruel, expressou sua opinião.
“Arboleda cometeu falta em Talisson durante a disputa pela bola fora da área, impedindo assim uma clara oportunidade de gol, já que o atacante ficaria cara a cara com o goleiro. O árbitro estava mal posicionado, no meio-campo, e não observou a infração, permitindo que o jogo continuasse.
Logo em seguida, o São Paulo retomou a posse de bola e Helinho atingiu temerariamente Erick com um chute, com força e intensidade moderadas, o que resultou em um cartão amarelo. Neste caso, o árbitro corretamente assinalou a falta e aplicou o cartão. Enquanto a partida estava parada, Helinho aparentemente reclamou e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso pelo árbitro.
Ainda com o jogo parado, o VAR recomendou que o árbitro revisasse a falta cometida por Arboleda, indicando que deveria ser um lance para vermelho direto devido à clara oportunidade de gol. Após rever o lance no VAR, o árbitro reconheceu o erro, voltou ao campo, expulsou corretamente Arboleda e assinalou falta a favor do Bragantino. Isso só foi possível porque a partida não recomeçou após a falta de Helinho em Erick.
Quanto aos cartões recebidos por Helinho, eles devem ser mantidos por terem sido aplicados por questões disciplinares (falta temerária e reclamação). Os cartões de Helinho só poderiam ser retirados se tivessem sido por impedir um ataque promissor ou uma clara oportunidade de gol, o que não foi o caso. Como a infração de Arboleda ocorreu antes da falta de Helinho, a partida recomeçou corretamente com falta a favor do Bragantino. É complexo, mas é assim que a regra e o protocolo do VAR funcionam em casos como este”.
