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Apesar de a exploração espacial representar um avanço para a humanidade, ela impõe desafios ao corpo humano, como revela um estudo que analisa os impactos nos órgãos internos, sobretudo nos rins.
O estudo intitulado “Doença renal cósmica: um estudo abrangente, fisiológico e morfológico sobre disfunção renal induzida pela viagem espacial”, publicado na revista científica revisada por pares, Nature Communications, em 11 de junho, investigou os efeitos da microgravidade e da radiação cósmica galáctica (GCR) no organismo, utilizando dados provenientes de roedores e seres humanos.
Segundo a pesquisa, foram coletadas amostras para análise de 11 camundongos e cinco indivíduos expostos a voos espaciais. Além disso, foram obtidas amostras de um rato submetido à simulação de microgravidade e de quatro camundongos expostos à radiação cósmica.
Para investigar se a exposição à radiação resultava em danos nos tecidos, levando a uma “perda irreversível da função renal”, os cientistas se basearam em dados fisiológicos e anatômicos de 20 voos espaciais envolvendo humanos e roedores, conforme revelado no estudo.
Além disso, os pesquisadores analisaram amostras de plasma e urina de 66 astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) por até 180 dias.
Segundo o estudo, os astronautas na ISS, em órbita baixa terrestre (LEO), podem experimentar degeneração em seus sistemas musculoesquelético, neurológico, visual e cardiovascular semanas após uma missão espacial, destacou a pesquisa.
A pesquisa aponta que os problemas nos órgãos internos decorrentes da LEO não são prontamente identificados, uma vez que são assintomáticos e carecem de estudos aprofundados.
É sabido que os astronautas têm propensão a desenvolver cálculos renais em uma frequência consideravelmente elevada, conforme mencionado no estudo.
Um ano após a missão espacial, a probabilidade dos astronautas desenvolverem cálculos renais é de duas a sete vezes maior, o que dobra durante o voo, de acordo com a pesquisa.
O estudo destaca uma situação em um voo espacial soviético no qual um astronauta apresentou sintomas de cálculos renais a ponto de quase interromper a missão; contudo, os cálculos foram eliminados no “último momento, antes de uma desorbitação urgente ser iniciada”.
A microgravidade, que resulta na ausência de peso e na sensação de flutuação no espaço, pode acelerar o processo de formação de cálculos renais, alterando a bioquímica da cristalização, conforme indicado na pesquisa.
Além disso, a microgravidade é conhecida por causar descalcificação óssea, observa o estudo.
Durante a viagem espacial, as alterações na pressão sanguínea e nos níveis de potássio podem afetar os níveis de eletrólitos e de fluídos, levando à formação de cálculos renais, apontou o estudo.
Porém, além da microgravidade, a radiação espacial também desempenha um papel significativo, conforme enfatiza o estudo.
O espaço sideral surge de três eventos galácticos: a expulsão de massa coronal, o vento solar e as GCR.
A radiação cósmica também pode desencadear câncer, o que é uma questão de preocupação entre os cientistas envolvidos no planejamento da viagem de ida e volta a Marte, totalizando mais de 1 bilhão de milhas.
Exploração tripulada de Marte
A NASA está focando na exploração humana em Marte porque acredita que “é um dos poucos outros locais conhecidos onde a vida pode ter existido no sistema solar.”
“O conhecimento adquirido sobre o Planeta Vermelho nos proporcionará mais informações sobre o passado e o futuro da Terra e poderá auxiliar na averiguação da existência de vida além de nosso planeta natal”, afirmou a NASA em seu site. “Assim como a Lua, Marte representa um local fértil para pesquisas científicas e uma fonte de tecnologias que possibilitarão aos seres humanos viajar e explorar distantes da Terra.”
A NASA tem como meta ter astronautas em Marte até a década de 2030 e está, atualmente, desenvolvendo sistemas de propulsão avançados que tornariam a viagem de ida e volta a Marte uma jornada de dois anos.
“A NASA está progredindo com várias alternativas, incluindo propulsão nuclear elétrica e térmica nuclear”, afirmou a agência espacial. “Ambas utilizam fissão nuclear, porém são substancialmente distintas entre si. Um propulsor nuclear elétrico é mais eficaz, mas não gera tanto impulso. Por sua vez, a propulsão térmica nuclear oferece muito mais ‘força’.”
Ademais, a NASA está desenvolvendo sistemas de pouso infláveis que permitirão o lançamento de uma espaçonave mais maciça, indispensável para adentrar na atmosfera.
“A NASA está criando um escudo térmico inflável que possibilita que a extensa superfície ocupe menos espaço em um foguete do que um escudo rígido”, declarou a agência. “Essa tecnologia poderia aterrissar espaçonaves em qualquer planeta atmosférico. Ele se expandiria e inflaria antes de adentrar na atmosfera marciana para pousar com segurança cargas e astronautas.”
Além disso, a NASA está aperfeiçoando trajes mais flexíveis e adaptáveis e laboratórios móveis para percorrer o planeta realizando experimentos.
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