sexta-feira, 13 setembro, 2024
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    Erupção solar extrema causou interrupção de radiodifusão

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    Aproximando-se do ápice solar, quando o Sol atinge o pico de sua atividade durante o atual ciclo, está ocasionando certos eventos extremos. No último sábado (13), ocorreu uma erupção solar de classe X, a categoria mais intensa.

    A explosão aconteceu na região solar AR3738 por volta das 23h34 (horário de Brasília) e foi observada pelo Observatório de Dinâmica Solar da NASA. O evento foi tão intenso que causou uma falha nas transmissões de rádio em ondas curtas em várias regiões do mundo. No mapa a seguir é possível identificar em vermelho os locais afetados, incluindo japão, austrália e partes da Rússia. O Brasil não sofreu impacto com a ocorrência.

    Interrupções de radiodifusão em ondas curtas no Sudeste Asiático, Austrália e Japão.(Crédito da imagem: NOAA/SWPC)
    Interrupções de radiodifusão em ondas curtas no Sudeste Asiático, Austrália e Japão.(Crédito da imagem: NOAA/SWPC)

    Ao contrário disso, a erupção solar de categoria X não deve gerar grandes complicações. O físico solar Keith Strong mencionou no X (antigo Twitter), que “é improvável que ocorra qualquer atividade geomagnética como consequência da alta atividade solar”.

    Para os entusiastas de auroras também é relevante salientar que o evento foi de duração insuficiente para produzir uma ejeção de massa coronal (EMC). Sem a emissão de plasma do Sol não será viável observar auroras aqui na Terra.

    O que é uma erupção solar?

    • O Sol apresenta um ciclo de 11 anos de movimentação;
    • Encontra-se atualmente no que os astrônomos denominam de Ciclo Solar 25;
    • Essa designação refere-se aos ciclos que foram detalhadamente acompanhados pelos cientistas;
    • No apogeu dos ciclos solares, o astro possui uma série de manchas em sua superfície, que representam aglomerações de energia;
    • Conforme as linhas magnéticas se entrelaçam nas manchas solares, podem “soltar” e originar explosões de vento;
    • As erupções são classificadas em um sistema de letras pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) – A, B, C, M e X – baseado na intensidade dos raios-X que liberam, sendo que cada nível possui 10 vezes a intensidade do anterior;
    • A categoria X, nesse caso, indica os clarões de grande intensidade, enquanto o número fornece mais detalhes sobre sua potência;
    • Um X2 é o dobro mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente;
    • Visto que o Sol completa uma volta em torno de seu próprio eixo a cada 27 dias, as manchas solares desaparecem de vista por um tempo determinado, reaparecendo posteriormente para a Terra.



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