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Texto adaptado do idioma inglês e traduzido, publicado pela matriz americana do Epoch Times.
Cientistas que investigam as possíveis causas da degeneração macular vinculada à idade, uma condição que acomete cerca de 20 milhões de cidadãos americanos, encontraram que uma proteína específica pode ser a chave para o êxito da abordagem a essa enfermidade.
Um levantamento divulgado em 5 de junho na Science Translational Medicine constatou que, mediante o aumento da proteína IRAK-M, há a garantia de proteção à retina, sendo possível prevenir a referida doença ou interromper seu avanço.
Esse tratamento inédito pode representar uma defesa significativa contra esse problema debilitante, conforme expressou o Dr. Andrew Dick, docente de oftalmologia da Universidade de Bristol, Inglaterra, em comunicado de imprensa. Ele ressaltou que essa descoberta configura a primeira abordagem de pesquisa na área de degeneração macular voltada à análise dos estudos genômicos, visando identificar genes correlacionados a patologias.
O processo degenerativo macular vinculado à velhice (DMRV) é um transtorno que afeta a visão central, embora raramente acarrete cegueira. Trata-se da principal causa de perda significativa de visão em indivíduos com 50 anos ou mais. A DMRV pode originar-se na forma de visão embaçada ou enxergar persistentemente um ponto escuro e progredir até o ponto em que a visão central perde sua utilidade.
Os fatores de risco para a referida moléstia incluem tabagismo e pressão alta. Acredita-se que a DMRV seja ocasionada por diversos fatores ambientais e relacionados ao estilo de vida, embora a causa precisa ainda não tenha sido identificada.
A mácula corresponde à região central da retina, o tecido nervoso localizado na parte posterior do olho, incumbido de transmitir imagens via nervo óptico ao cérebro. Não existe, atualmente, cura conhecida para a DMRV, no entanto há terapias que evitam o desenvolvimento da enfermidade ou seu agravamento.
Uma abordagem pioneira no combate a doenças visuais
Os pesquisadores averiguaram que elevar os níveis dessa proteína na retina protege contra sua degenerescência. No decurso de sua pesquisa, eles afirmaram haver identificado o IRAK-M como uma proteína fundamental que combate os patógenos no epitélio pigmentar da retina (EPR), a camada de células situada sob a retina, essencial para a manutenção do bom funcionamento da retina.
Eles constataram que a presença dessa proteína reduziu no EPR à medida que a faixa etária dos humanos e dos camundongos aumentou, sendo ainda mais reduzida pela enfermidade. O fortalecimento das células do EPR, protegidas por proteínas, contra os processos inflamatórios que ocorrem na DMRV, “sugere uma possibilidade de tratamento para a degeneração da retina”, explicaram os pesquisadores no estudo.
“A nossa nova abordagem não apenas aborda os diversos caminhos envolvidos no tratamento da DMRV, mas também oferece a estratégia mais convincente e respaldada por evidências atualmente disponíveis”, mencionou o Dr. Ying Kai Chan, integrante da equipe de pesquisa, em comunicado à imprensa.
Em virtude da relevância dessa descoberta e enfermidade, o Dr. Chan participou da fundação da Cirrus Therapeutics, uma companhia farmacêutica, com o propósito de criar terapias para enfermidades oculares. Dick, que também exerce a função de diretor do Instituto de Oftalmologia da Universidade de College London, é co-fundador da Cirrus Therapeutics.
Uma proteína vinculada à enfermidade
Em 2022, um grupo de pesquisa do Instituto de Pesquisas Médicas Sanford Burnham Prebys disseminou um estudo sobre a descoberta da configuração de uma proteína presente no sangue que está associada com a degeneração macular e outras enfermidades relacionadas à idade.
“As proteínas sanguíneas estão sujeitas a uma pressão constante e variável devido às distintas maneiras pelas quais o sangue circula pelo corpo”, mencionou Francesca Marassi, docente da Prebys Medical e líder do grupo de pesquisa, em um comunicado à imprensa. “Por exemplo, o fluxo sanguíneo é mais tranquilo nos capilares oculares em comparação com as artérias maiores ao redor do coração. As proteínas sanguíneas precisam ser capazes de responder a essas mudanças, e este estudo fornece importantes insights sobre como elas se adaptam ao ambiente, algo fundamental para orientar o desenvolvimento de futuras abordagens terapêuticas.”
Os pesquisadores se dedicaram à vitronectina, que circula em alta quantidade no sangue, dentre centenas de proteínas. Eles constataram que ela é “um ator essencial em diversas enfermidades relacionadas à idade”, sobretudo na degeneração macular. A vitronectina também está presente no colesterol.
“Essa proteína representa um alvo significativo para a degeneração macular, uma vez que se acumula na parte posterior do olho, resultando em perda de visão. Depósitos similares são observados no cérebro na doença de Alzheimer e nas artérias na aterosclerose”, afirmou Marassi. “Nosso intuito é compreender por que isso ocorre e utilizar esse conhecimento para desenvolver novas terapias.”
Os pesquisadores constataram que a proteína altera sua conformação e estrutura conforme flui pela corrente sanguínea em distintas temperaturas e pressões. Tais transformações fazem com que ela se una aos íons de cálcio, desencadeando a formação de depósitos calcificados. Os pesquisadores salientaram que tais depósitos estão relacionados com a degeneração macular e outras enfermidades.
“Trata-se de uma sutil reorganização na estrutura molecular, porém de impacto significativo no funcionamento da proteína”, destacou Marassi. “Quanto mais conhecimento adquirimos sobre a proteína em um nível estrutural e mecanicista, maiores são as probabilidades de obtermos sucesso ao elaborar tratamentos direcionados a ela.”
Marassi manifestou otimismo em relação ao potencial desenvolvimento de terapias para a degeneração macular a partir dessa descoberta, já que auxiliará a indústria biotecnológica na elaboração de anticorpos capazes de impedir a ligação da proteína com o cálcio.
“Será necessário tempo para transformar isso em um tratamento clínico, entretanto esperamos ter um anticorpo funcional como uma possibilidade terapêutica em alguns anos”, comunicou Marassi. “E dado que essa proteína é tão abundante no sangue, é possível que existam outras aplicações promissoras para esse novo conhecimento que ainda desconhecemos.”
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