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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixou de mencionar a Rússia como responsável pelo bombardeio a um hospital infantil em Kiev, na Ucrânia, que resultou na morte de no mínimo 36 pessoas na manhã de segunda-feira (8). Em comunicado divulgado já no fim da noite, o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) restringiu-se a afirmar que “reitera sua reprovação a ataques em áreas densamente povoadas”.
Desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, Lula não tem adotado uma posição firme contra o presidente russo, Vladimir Putin, o que resultou em críticas contundentes do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. O petista chegou a igualar a responsabilidade de ambos os países pelo conflito.
No comunicado de condenação ao ataque ao hospital infantil Ohmatdyt, o Itamaraty não faz menção à Rússia em nenhuma parte, citando apenas “os envolvidos no conflito”.
“O governo brasileiro reitera sua reprovação a ataques em áreas densamente povoadas, sobretudo quando resultam em danos a instalações hospitalares e demais infraestruturas civis, e expressa sua solidariedade às vítimas e seus familiares. O Brasil exorta os envolvidos no conflito a cumprirem suas responsabilidades conforme o direito internacional humanitário, incluindo a proteção especial conferida a instalações e unidades médicas, que devem ser respeitadas em todas as circunstâncias”, afirmou o Itamaraty (veja na íntegra).
No mesmo comunicado, o ministério salienta que segue em defesa do “diálogo e de uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia”.
“Até que os atores relevantes se engajem de forma autêntica e eficaz em negociações de paz, o Brasil reitera o apelo para que três princípios de desescalada da situação sejam respeitados: não expansão do campo de batalha, não escalada dos combates e não inflamação da situação por qualquer lado”, destacou.
Esses três princípios foram estabelecidos pelo governo brasileiro em conjunto com a China visando alcançar uma resolução para o conflito, já que o país asiático é apontado como o interlocutor mais próximo de Putin.
Entretanto, desde a assinatura da proposta, não houve avanço entre Zelensky e Putin para negociar diplomaticamente o fim da guerra.
Recentemente, em meados de junho, Lula sugeriu que os dois presidentes “estão favoráveis à guerra”, após um evento em Genebra, na Suíça.
“Se Zelensky afirma que não dialoga com Putin, e Putin afirma que não dialoga com Zelensky, é porque estão favoráveis à guerra, pois se não estivessem, já teriam se sentado para negociar e tentar encontrar uma solução pacífica”, ressaltou Lula na ocasião.
Ele também afirmou não estar defendendo Putin, embora este comunicado mais recente do Itamaraty não mencione a Rússia como autora do ataque ao hospital infantil de Kiev. “Eu não defendo Putin. O Brasil foi o primeiro país a criticar a Rússia pela invasão do país. O que eu não faço é tomar partido, meu lado é a paz”, completou.
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