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O Secretário da Fazenda, Fernando Haddad, segundo informações do Poder360, almeja agendar uma reunião com o Papa Francisco e buscar respaldo para a “tributação de grandes fortunas”. Devido à influência do cargo e postura do Papa, ele é considerado pela esquerda como um grande aliado.
Haddad estará na Itália em 4 de junho, quando tem um encontro marcado com o Secretário da economia italiano, Giancarlo Giorgietti. Na mesma data, está prevista uma reunião bilateral com a Secretária das finanças da Indonésia, Sri Mulyani Indrawati.
O Secretário tem defendido a importância de os países adotarem medidas mais rígidas para garantir que os mais abastados contribuam de maneira distinta para a economia, pagando impostos sobre as fortunas que adquiriram ou herdaram.
O Papa Francisco tem sido um ardente defensor da denominada “justiça social” e da necessidade de diminuir as disparidades econômicas. Em várias ocasiões, ele criticou o atual sistema econômico, que, em sua visão, prioriza uma pequena elite em detrimento da maioria.
“No mundo de hoje, pouquíssimas pessoas endinheiradas possuem mais do que o restante da humanidade. É um injustiça clamorosa… é um mal proveniente de uma economia doente. É o reflexo de um crescimento econômico desigual”, afirmou o Papa em uma publicação do Vatican News.
Ainda em 18 de maio, o líder do movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), João Pedro Stedile, que já foi acusado de invasões de propriedades privadas, violência e coação, realizou uma visita oficial ao papa Francisco em Roma e solicitou que ele se comprometesse a apoiar uma medida de tributação de fortunas e até mesmo dos lucros das empresas.
“Apoiamos também a imposição de um tributo único de 15% sobre os lucros anuais de todas as empresas transnacionais que atuam globalmente. Esse tributo representaria mais de 200.000 milhões de dólares por ano. Seria administrado por uma comissão designada pela Organização das Nações Unidas e supervisionado por organizações da sociedade civil Civil.” prosseguiu Stedile, “Ficaríamos muito gratos se você se manifestasse publicamente e contribuísse para disseminar essa mensagem à opinião pública mundial.”
No Brasil, a proposição de tributação de grandes fortunas enfrenta oposição no Congresso. Entretanto, Haddad acredita que o apoio do Papa pode ser um importante impulso para a aprovação de medidas fiscais mais progressistas.
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