sábado, 5 outubro, 2024
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    Insetos colocam Argentina em estado de alerta; nações vizinhas trabalham para minimizar consequências

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    O Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa) da Argentina publicou a Resolução 204/2024, decretando estado de alerta sanitário para lidar com a identificação precoce e controle de insetos. A medida, assinada pelo líder do órgão, Pablo Cortese, busca coordenar ações entre o governo central, as regiões e os agricultores para reduzir os impactos da praga na natureza e na produção vegetal.

    O documento destaca a importância de medidas preventivas para evitar situações críticas, especialmente após a identificação da praga em diversas regiões argentinas, Bolívia e Paraguai. Não há enxames migratórios no momento, mas as condições são propícias para sua formação em breve.

    Insetos colocam Argentina em estado de alerta; nações vizinhas trabalham para minimizar consequências
    Foto: Governo da Argentina

    O coordenador geral de Contingências e Emergências do Senasa, Héctor Medina, enfatizou que a declaração de alerta tem o objetivo de agir com rapidez e eficácia para conter a praga. O sistema de monitoramento do Senasa identificou um aumento da praga em regiões como Formosa, Salta, Santiago del Estero e Catamarca, além das condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento dos insetos.

    Em colaboração regional, o Senasag da Bolívia e o Senave do Paraguai também confirmaram a presença da praga em seus países. A coordenação de ações é fundamental para implementar controles precoces e evitar a formação de enxames que possam prejudicar plantações e vegetação natural.

    A situação foi debatida durante a última reunião do Comitê Nacional de Crise, que reúne entidades nacionais, regiões e agricultores. Durante a videoconferência presidida pelo vice-presidente do Senasa, Sergio Rober, foi ressaltada a relevância da declaração de alerta sanitário para facilitar ações conjuntas e a divulgação pública.

    Os insetos são pragas migratórias e transfronteiriças, com capacidade de deslocamento de até 150 km por dia e grande impacto econômico. Conforme o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), a produção suscetível a danos na Argentina alcança US$ 3,7 bilhões.

    Desde 2015, houve um aumento da praga na América do Sul, levando à decretação de emergências sanitárias em diversos países, incluindo o Brasil.

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