sábado, 5 outubro, 2024
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    Israel contradiz Ministério das Relações Exteriores e afirma que está empenhado em garantir assistência humanitária aos palestinos

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    A Representação de Israel em Brasília contestou a declaração do Ministério das Relações Exteriores sobre o alegado ataque israelita a palestinos que aguardavam assistência humanitária na Faixa de Gaza. Mais de cem civis perderam a vida.

    Em comunicado, a diplomacia israelita afirmou que o conflito do país “é contra o grupo terrorista Hamas” e que “continuará a trabalhar para garantir que a assistência humanitária chegue aos civis inocentes”.

    “O Estado de Israel põe em perigo a vida dos seus próprios combatentes para garantir a segurança dos civis e cumprir as normas do Direito Internacional a fim de evitar vítimas não envolvidas”, afirma o comunicado da representação. “O mesmo não se pode dizer do Hamas, que constantemente utiliza os civis de Gaza, os seus próprios cidadãos, como escudos humanos na sua busca pela aniquilação de todos os judeus.”

    Assistência humanitária transforma-se em tema de controvérsia

    Na última quinta-feira, 29, o grupo terrorista Hamas acusou soldados israelitas de terem morto pelo menos cem pessoas que aguardavam por camiões de assistência humanitária.

    O governo de Israel refuta que as tropas tenham disparado contra a multidão e afirma que as pessoas foram pisoteadas ou atropeladas na aglomeração. Clique aqui para ler o discurso completo do porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari.

    “The IDF has concluded an initial review of the unfortunate incident where Gazan civilians were trampled to death and injured as they charged to the aid convoy. Our initial review has confirmed that no strike was carried out by the IDF towards the aid convoy.”

    Watch the full… pic.twitter.com/vrkC4nvYnI

    — Israel Defense Forces (@IDF) March 3, 2024

    Num comunicado divulgado nesta semana, o Ministério das Relações Exteriores declarou que o governo de Benjamin Netanyahu “demonstra, por ações e declarações, que a ação militar em Gaza não tem qualquer limite ético ou legal”.

    A crise diplomática entre Brasil e Israel

    Brasil e Israel enfrentam uma crise diplomática desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou as ações militares israelitas ao extermínio de judeus durante o Holocausto. A declaração do petista originou a declaração de persona non grata pelo governo de Israel.

    Membros do governo de Netanyahu, por sua vez, solicitaram que o petista peça desculpas pela declaração, algo que ainda não aconteceu até ao momento.

    Apesar da gafe que despoletou a crise diplomática, Lula reiterou recentemente que a intervenção militar israelita na Faixa de Gaza é um genocídio e voltou a defender a criação de um Estado palestino.

    Leia Mais: “Lula dissemina informações do Hamas para criticar Natanyahu

    O presidente de Israel, Isaac Herzog, também condenou a declaração do presidente do Brasil. Herzog afirmou que existe uma “distorção imoral da história” e apelou a todos os líderes mundiais para se juntarem a ele na “condenação inequívoca destas ações”.

    Entidades e organizações também repudiaram a declaração de Lula. A Confederação Israelita do Brasil (Conib), por exemplo, classificou a afirmação como “distorção perversa da realidade, que ofende a memória das vítimas do Holocausto e dos seus descendentes”.

    Declarações de Lula sobre Israel provocam reação no Congresso

    A declaração de Lula motivou mesmo um pedido de impeachment contra o presidente. Encabeçado por 134 parlamentares da oposição, o grupo argumenta que houve comprometimento da neutralidade do Brasil, após as críticas feitas pelo chefe do Executivo à conduta de Israel no conflito em Gaza.

    Leia Mais: “Impeachment: Petição contra Lula conta com recorde de assinaturas”

    O texto menciona os elogios e os agradecimentos feitos pelo grupo terrorista Hamas ao governo brasileiro e afirma que “nem sequer nações que advogam a extinção do Estado de Israel foram capazes de proferir semelhante atrocidade”.

    impeachment.



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