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Compete exclusivamente ao presidente da República a concessão antecipada de extradição. Essa interpretação pertence ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que optou por manter a detenção de Sergey Cherkasov, apontado como espião russo.
Cherkasov foi detido na Holanda, em abril de 2022, utilizando um documento falso para se passar por estudante brasileiro. Ele foi expulso para o Brasil e permanece preso aqui desde então.
O Supremo confirmou o cumprimento da entrega voluntária de Cherkasov para a Rússia, mas decidiu que a extradição apenas acontecerá após a finalização dos processos dele no Brasil. Além do caso do uso de documento falso, ele está sendo investigado por espionagem, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
Já na Rússia, é acusado de tráfico de entorpecentes e de pertencer a uma organização criminosa. Segundo Fachin, Cherkasov deixou seu país para escapar das responsabilidades penais.
No requerimento analisado pelo ministro, o homem solicitou a antecipação de sua extradição ou a possibilidade de aguardar o processo em liberdade. Fachin, porém, considerou que a detenção preventiva está adequadamente fundamentada.
“Verifica-se que a execução da medida foi expressamente condicionada à conclusão das investigações e dos processos criminais relacionados aos atos ilícitos de competência da Justiça brasileira”, afirmou o ministro.
“As instâncias judiciais responsáveis pelas investigações, ao se manifestarem nos autos, destacaram que as circunstâncias dos crimes estavam sob análise, o que desaconselha a concessão antecipada de liberdade”, acrescentou Fachin.
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Ext 1.755
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