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O chefe do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta segunda-feira (4) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) “tentou executar um plano” e “está ciente de que pode ser aprisionado”. O político do PT comentou a respeito da manifestação a favor de Bolsonaro ocorrida em 25 de fevereiro. O evento reuniu milhares de apoiadores do ex-gestor na Avenida Paulista.
“Não sei se vocês perceberam que houve uma manifestação no domingo passado [dia 25]. O que era aquela manifestação? Aquela manifestação é de um indivíduo que sabe que errou, que cometeu uma tolice, que tentou executar um plano, que será levado à Justiça e que, se julgado, poderá ser preso, e está tentando evitar isso”, disse Lula durante a abertura da 4ª Conferência Nacional da Cultura.
Bolsonaro é um dos investigados no inquérito sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado para se manter no poder após as eleições de 2022. O ex-presidente nega qualquer participação na suposta trama golpista. “Golpe requer armas, conspirações, tanques nas ruas, requer uma autoridade, uma personalidade conduzindo esse golpe. Nada disso aconteceu. Que absurdo é esse falar em golpe,” disse Bolsonaro em entrevista à rádio CBN Recife no dia 21 de fevereiro.
Durante o pronunciamento, Lula afirmou que os depoimentos dados na investigação devem revelar “a verdade explícita” de que o ex-gestor “tentou executar um plano” no país. No dia 22 anterior, mais de 20 alvos da investigação prestaram depoimento à Polícia Federal, Bolsonaro optou pelo silêncio.
“Quando vocês tiverem acesso, quando for publicado, acho que teremos acesso através dos relatórios que vemos diariamente sobre os depoimentos das pessoas… A verdade explícita é que esse indivíduo tentou executar um plano no país. Quando ele ficou recluso em casa por várias semanas, sem sabermos se estava chorando, o que estava fazendo, estava ele preparando um plano. Estava pensando no que faria para impedir o presidente eleito de assumir o cargo”, afirmou Lula.
O político ainda criticou Bolsonaro por ter viajado para os Estados Unidos antes da posse presidencial no final de 2022. Lula acusou o ex-gestor de financiar os manifestantes que permaneceram em frente aos quartéis.
“Creio que ele ficou apavorado e resolveu partir para os Estados Unidos para não presenciar a posse. Ele imaginava que as pessoas que ele pagou, que organizou e que ajudou a financiar para permanecer em frente aos quartéis dariam o golpe e, possivelmente, ele pensava que retornaria ungido pelo povo fascista deste país,” afirmou o chefe do Executivo.
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