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O chefe de Estado Luiz Inácio Lula da Silva manifestou sua “alegria” com a definição de uma data para o pleito na Venezuela. A declaração foi feita na manhã de hoje, quarta-feira, 6, durante o encontro com o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio do Planalto, em Brasília.
“Fiquei satisfeito com o agendamento da eleição na Venezuela”, declarou Lula aos jornalistas. “Na reunião que tive na Guiana, foi dito que pretendem convidar observadores de todo o mundo. Porém, se o postulante da divergência adotar a mesma postura da oposição daqui, nada terá valor.”
Lula respondeu à pergunta sobre a imparcialidade do pleito na Venezuela. Em relação à oposição, o presidente fez menção ao comportamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que questionou a segurança das urnas e do processo eleitoral brasileiro. Em sua opinião, a oposição venezuelana não pode colocar em dúvida as eleições.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela definiu as eleições para 28 de julho, data em que faleceu o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez. As eleições ocorriam tradicionalmente em dezembro. Os candidatos terão de 21 a 25 de março para se registrarem e a campanha terá início em 4 de julho, estendendo-se até o dia 25.
Apesar de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ter assinado um acordo em Barbados no final do ano passado para a realização de eleições livres, diversos integrantes da oposição estão enfrentando obstáculos para participar do pleito.
Venezuela veta postulantes da divergência de concorrerem no pleito
María Corina, figura de destaque da direita, venceu as eleições primárias realizadas em 2023, porém foi impedida de disputar cargos públicos por 15 anos. A decisão ocorreu em janeiro, através da Suprema Corte, que a considerou inelegível devido ao seu envolvimento em um esquema de corrupção liderado pelo ex-líder da oposição Juan Guaidó. Outro potencial candidato da oposição, Henrique Capriles, também foi considerado inelegível pela Corte.
Com o pacto de Barbados, que previa eleições democráticas no país, os Estados Unidos suspenderam algumas sanções, possibilitando o retorno da produção de petróleo e abrindo caminho para uma troca de prisioneiros. Contudo, devido a algumas ações da ditadura de Maduro, os norte-americanos anunciaram a retomada de algumas sanções.
Após o anúncio, o vice-presidente do governo da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou que as eleições seriam realizadas “sem a presença dos EUA e da Organização dos Estados Americanos”. Essa medida vai de encontro ao acordo firmado.
Apesar de Maduro não ter confirmado sua candidatura a um terceiro mandato de seis anos, tanto a situação quanto a oposição esperam que ele se apresente como candidato.
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