terça-feira, 10 setembro, 2024
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    Membros adversários no Parlamento querem examinar reprovações de Lula na primeira semana de março

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    O deputado federal Danilo Forte (União-CE) solicitou nesta terça (20) que o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), agende uma sessão conjunta do Legislativo na primeira semana de março para analisar as reprovações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Orçamento de 2024. O parlamentar foi o relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) deste ano.

    No pedido enviado a Pacheco, Forte afirma que as reprovações do presidente afetam diretamente o que foi acordado na LDO e podem prejudicar a execução de investimentos em áreas prioritárias, principalmente por ser um ano eleitoral. Os brasileiros vão às urnas em outubro para eleger prefeitos e vereadores.

    “Temos que as reprovações afrontam e comprometem avanços nas políticas de atenção à saúde, em especial de crianças e adolescentes com deficiência, assim como também a destinação de recursos para a educação, meio ambiente, infraestrutura urbana, melhorias em áreas rurais, investimentos em obras de saneamento, distribuição de água para consumo humano, entre tantas outras políticas discutidas e aguardadas pela população, sobretudo àquela mais carente de ações do Estado”, escreveu Forte.

    Ainda segundo o deputado, os prazos serão
    reduzidos neste ano por conta da eleição municipal “considerando o ciclo de
    apresentação de propostas, análise, empenho e liberação de recursos destinados
    aos entes públicos municipais”. “A demora na apreciação das reprovações poderá
    comprometer a execução do orçamento em face dos impedimentos nesse período”,
    completou.

    Entre os pontos de insatisfação dos parlamentares com Lula está a reprovação de R$ 5,6 bilhões em emendas do Senado, da Câmara e de comissão do Congresso alegando “contrariedade ao interesse público”.

    A reprovação gerou discussão e levou o próprio presidente
    a afirmar que se sentaria com parlamentares para explicar o corte.

    Nos bastidores, congressistas ouvidos pela reportagem afirmaram que a ação do governo azedou o clima entre os dois poderes. Sendo um ano eleitoral, os parlamentares buscaram aumentar as emendas com objetivo de turbinar os repasses para os municípios.

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