terça-feira, 10 setembro, 2024
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    Mendonça afirma que o Brasil se posicionou a favor do hamas

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    O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça declarou neste domingo, 18, que o Brasil renunciou a sua neutralidade diplomática em relação ao conflito na Faixa de Gaza. Além disso, o magistrado insinuou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva adotou um posicionamento na guerra e apoia “um grupo terrorista”. 

    “O Brasil definiu sua posição”, declarou Mendonça, durante um culto evangélico na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo, cuja transmissão foi feita pelo YouTube. “Em resposta, eu defini a minha posição: defendo a devolução de todos os sequestrados. Acredito que o grande erro é apoiar um grupo terrorista que assassina crianças, jovens e idosos gratuitamente.”

    Visita de Mendonça a Israel após o massacre de 7 de outubro 

    André Mendonça também expressou que ‘o cristão não pode se abster diante de questões e comportamentos nos quais princípios e valores essenciais estão em jogo’ | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Nesse contexto, Mendonça relatou que visitou Israel após o massacre ocorrido no dia 7 de outubro. No Estado judeu, o juiz afirmou ter conversado com o embaixador brasileiro no país, Frederico Meyer, e solicitou neutralidade no conflito. 

    “Tivemos um almoço com o embaixador e eu fiz uma colocação: ‘nossa diplomacia é marcada por uma busca de equilíbrio e imparcialidade, então o senhor não acha que se a gente caminhasse mais nesse sentido, em vez de endossarmos uma petição da África do Sul que acusa Israel de genocídio, seria um caminho melhor para sermos agentes de paz?’”, relatou o juiz, sem mencionar a data da conversa. 

    O magistrado mencionou que a resposta de Meyer foi oposta à postura de neutralidade em relação ao conflito. “Ele me respondeu: ‘no mundo de hoje não há espaço para o cinza, ou é preto ou é branco”, afirmou. 

    Após o diálogo com o embaixador, Mendonça informou que também tomou uma atitude. Ele pediu a todos os cristãos que não se omitam diante do conflito na Faixa de Gaza. 

    “Eu e você, como cristãos, somos chamados a tomar posições, assim como em todas as áreas da vida”, disse o juiz. “Não participo e não participarei de lutas por causas ou por atos que não acredito ou não aprovo.”

    Também enfatizou que “o cristão não pode se abster diante de questões e comportamentos nos quais princípios e valores essenciais estão em jogo”. “Não é se fazer de mártir, mas o cristão também não pode se eximir de responsabilidade”, declarou. 

    Neste domingo, ele fez uma publicação no Twitter/X, mencionando “tempos difíceis” e citou um versículo da Bíblia: “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; dos que dizem que as trevas são luz e a luz trevas; dos que fazem do amargo doce e do doce amargo.”

    Em tempos tão difíceis, um texto bíblico p/ reflexão:”Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem mal; dos que dizem que as trevas são luz e a luz trevas; dos que fazem do amargo doce e do doce amargo!” (Isaías 5.20)

    — André Mendonça (@MinAMendonca) February 18, 2024



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