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Uma sondagem realizada pela Serasa ressaltou diferenças notáveis no comportamento financeiro entre residentes de bairros periféricos e de grandes centros urbanos no Brasil. Com divulgação recente, a investigação foi conduzida em colaboração com o Instituto PiniOn e intitulada “Finanças na Periferia”.
Em relação à satisfação pessoal, a situação é desafiadora nas periferias: apenas 11% das mulheres relatam estar contentes com sua situação financeira. Em outras palavras, 91% demonstram descontentamento. Além disso, 42% consideram sua situação financeira atual positiva, mas com margem para melhorias.
Quase metade (47%) das residentes das periferias enxergam sua situação financeira como um obstáculo, ao passo que nas áreas urbanas a porcentagem é de 31%.
De acordo com a pesquisa, somente 44% das mulheres das regiões periféricas manifestam interesse e buscam informações sobre instrução financeira. Em contrapartida, nos centros urbanos, essa proporção é consideravelmente maior, chegando a 64%.
O estudo sugere que a falta de abordagem sobre o assunto é um fator crucial, com 34% das mulheres das periferias alegando ter escasso ou nenhum conhecimento sobre instrução financeira. O percentual diminui para 18% nas regiões urbanas.
Além disso, o acesso a ações educativas, tanto on-line quanto presenciais, é outra barreira enfrentada pelas moradoras de periferias. Enquanto 63% das que residem em centros urbanos têm fácil acesso a esse tipo de conteúdo, apenas 36% das mulheres de áreas periféricas relatam o mesmo.
Apenas 3 em cada 10 mulheres de periferia estão dispostas a desembolsar por cursos sobre o tema educação financeira
A pesquisa da Serasa também evidenciou uma disparidade na disposição para investir em cursos de educação financeira. Apenas 30% das mulheres de periferias estão inclinadas a gastar com treinamentos sobre o tema, apesar de 46% expressarem interesse em participar.
Para a realização do estudo, foram entrevistados 2.549 brasileiros, de ambos os sexos e maiores de 18 anos, englobando todas as classes sociais e regiões do país.
A classificação dos grupos foi efetuada cruzando a classe social com o CEP dos respondentes, considerando as classes A e B como centros urbanos e as classes C, D e E como periferias.
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