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A nomeação do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para liderar a Comissão de Educação não foi bem recebida por integrantes do colegiado. Após a confirmação do nome, houve confronto no plenário da comissão entre deputados que se opõem à nomeação e deputados da bancada do PL, enquanto aguardavam a instalação.
Ao justificar a escolha de Nikolas aos jornalistas, o deputado Domingos Sávio (PL-MG) foi interrompido pelo deputado Tarcísio Motta (PSOL-RJ) que expressou pesar pela nomeação do deputado mineiro para a posição.
“Houve todo o debate do Plano Nacional de Educação no ano passado, e não houve uma vez que o deputado Nikolas se manifestasse para debater os temas da Educação. Esse é o problema. E o PL tem excelentes nomes para isso, não se trata de uma questão partidária. O PL está no seu direito de escolher o presidente da comissão, o que incomoda é o fato de transformar a cadeira em um palco”, disse Motta ressaltando que vários partidos do centrão se incomodam com isso.
Em resposta a Motta, Sávio afirmou que a nomeação de pessoas “sem experiência em determinado assunto” é “natural” na Casa. “Não se escolhe um deputado para presidir uma comissão com base em sua atuação passada no tema, uma vez que as comissões são determinadas pelos partidos – de acordo com uma regra de proporcionalidade”, explicou Sávio.
O parlamentar mineiro enfatizou ainda que a “responsabilidade política” de Nikolas se torna maior pelo fato dele ter sido eleito com mais de 1,5 milhão de votos. “Isso é uma enorme responsabilidade. É inquestionável que Nikolas é um talento, e não podemos ignorar os talentos. Além disso, a educação é o berço do estímulo aos talentos. Ele pode discordar dos demais, mas isso não diminui o talento dele”.
Outros deputados do PL também defenderam a nomeação de Nikolas durante o confronto no plenário, como Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Lincoln Portela (PL-MG) e Bia Kicis (PL-DF).
Portela pediu “respeito à nomeação” e destacou que é fundamental ter “paciência e compreensão para aguardar os acontecimentos”. “Nikolas será o presidente. Vamos buscar a calma e a paz para permitir que ele faça o seu trabalho”.
Já Sóstenes defendeu que Nikolas atuará com “neutralidade”. “Muitos duvidavam da minha atuação na vice-presidência da Câmara por eu ser bolsonarista. Estou certo de que ele terá a serenidade de se sentar com o vice que será do PT para construir em conjunto e buscar um consenso sobre as pautas. Ele terá muito a aprender”, declarou.
A deputada Bia Kicis também lembrou que quando foi presidente da CCJ não tomou partido. “Quando o presidente se senta na cadeira, ele não pode tomar partido e isso é para todos. Se ele fizer isso, prejudicará a sua comissão e nós, como partido, teremos que chamá-lo”, disse.
A instalação das comissões estava marcada para esta terça-feira, mas devido aos confrontos entre os partidos, acabou sendo adiada em decorrência do início da ordem do dia no Plenário da Casa.
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