terça-feira, 10 setembro, 2024
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    Nova cobertura elétrica acelera o restabelecimento de lesões crônicas, revela pesquisa com animais | Science Advances | curativo | estimulação elétrica

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    Texto traduzido e adaptado do inglês, divulgado pela matriz americana do Epoch Times.

    Os cientistas desenvolveram um curativo para feridas crônicas que se baseia em estimulação elétrica. Essa cobertura facilita a recuperação de forma mais rápida do que as coberturas comuns — conhecidas popularmente como band-aid — de acordo com uma pesquisa em animais publicada quarta-feira na Science Advances.

    “Nosso objetivo aqui era conceber uma tecnologia muito mais acessível que acelerasse o restabelecimento em pacientes com lesões crônicas”, afirmou o coautor da pesquisa Amay Bandodkar, docente auxiliar de engenharia elétrica e de computação na Universidade Estadual da Carolina do Norte, em um comunicado divulgado à imprensa.

    “Também queríamos assegurar que a tecnologia fosse simples o bastante para que as pessoas pudessem utilizá-la em casa, em contraste com algo que os pacientes só pudessem obter em ambientes clínicos”, acrescentou ele.

    Lesões crônicas são danos teciduais que não se recuperam de maneira típica ou no tempo esperado e não restauram a função e a anatomia após três meses.

    Em testes com animais, os pesquisadores observaram que os ratos tratados com as novas coberturas se recuperaram 30% mais rapidamente do que os ratos tratados com coberturas convencionais.

    As coberturas são descartáveis ​​e são ativadas pela água. Possuem eletrodos nas laterais que entram em contato com a lesão e uma bateria do lado externo.

    A bateria gera um campo elétrico que permanece ativo por diversas horas para acelerar a cicatrização.

    “Constatamos que a estimulação elétrica do dispositivo acelerou a taxa de fechamento da lesão, incentivou a formação de novos vasos sanguíneos e reduziu a inflamação, indicando uma melhora na recuperação geral da lesão”, mencionou Maggie Jakus, coautora e aluna de pós-graduação da Universidade de Columbia.

    “As lesões crônicas afetam aproximadamente 2% da população dos EUA e aumentam os riscos de amputação e óbito”, detalharam os autores. “Infelizmente, os tratamentos para essas lesões frequentemente são dispendiosos, complexos e apenas moderadamente eficazes”.

    Uma equipe de 17 pesquisadores originários da Universidade de Columbia, da Universidade Estadual da Carolina do Norte, da Universidade da Carolina do Norte, da Faculdade de Medicina de Harvard, do Instituto de Tecnologia da Geórgia e de outras instituições conduziu a pesquisa.

    Coberturas elétricas aprimoram o campo elétrico do corpo

    Rajaram Kaveti, coautor do estudo e pesquisador de pós-doutorado na Universidade Estadual da Carolina do Norte, explicou ao Epoch Times que a bateria da cobertura gera um campo elétrico que estimula o campo elétrico do próprio corpo para favorecer a recuperação.

    A cobertura gera uma voltagem de aproximadamente 1,5 volts e cria um campo elétrico “dirigido para o centro da lesão, consistente

    com o campo elétrico intrínseco (do corpo)”, disse Kaveti. “A intensidade e a distribuição do campo elétrico são influenciadas pela voltagem de saída da bateria”.

    Lesões agudas afetam a integridade da pele, nosso maior órgão, que resguarda os órgãos internos contra lesões, disse Kaveti. “Embora a maioria [das lesões] se cure em cerca de duas semanas, algumas evoluem para condição crônica devido a fatores sistêmicos ou locais, atrasando o processo de cicatrização”.

    Kaveti mencionou que o campo elétrico da gaze “apressa a migração das células dos queratinócitos humanos”, células da pele responsáveis por regenerar a epiderme das lesões. As células epiteliais da pele compõem aproximadamente 90% da camada externa da pele.

    A carga elétrica da gaze também influencia o comportamento celular, incluindo a maneira como as células se agregam e se reproduzem. Ambas as atividades são fundamentais para o fechamento da ferida, explicou Kaveti.

    Gazes 3D para cada ferida

    Os eletrodos da gaze são maleáveis, possibilitando que se ajustem a todos os formatos e profundidades de lesões crônicas.

    Para Kaveti, o aspecto mais fascinante do projeto foi desenvolver a estrutura da gaze, inspirada no kirigami, uma técnica tridimensional de origami, a arte japonesa de dobrar papel.

    “Essa versão avançada de curativo é capaz de se adaptar de modo conformado em superfícies de tecidos moles com contornos tridimensionais e acomodar amplas deformações fora do plano, proporcionando uma solução singular para lesões tridimensionais complexas, profundas e de formato irregular”, destacou Kaveti.

    Ele ressaltou que a cicatrização de feridas crônicas constitui um desafio médico relevante, à medida que as taxas de diabetes, câncer e obesidade estão em ascensão. Estas condições geram um custo aproximado de US$ 28 mil anuais nos Estados Unidos.

    “Diante do aumento dos gastos, a eficiente cicatrização de feridas é crucial”, afirmou. “As inovações atualmente visam terapias microambientais complexas, ultrapassando os tratamentos convencionais para restabelecer prontamente a funcionalidade normal dos tecidos”.

    Os colaboradores do estudo afirmaram que esta gaze exclusiva, sem componentes eletrônicos, promove “índices de fechamento de lesões semelhantes àqueles obtidos com abordagens dispendiosas baseadas em produtos biológicos ou eletrônicos, por uma fração do custo”.

    Conforme o estudo, caso as gazes pudessem ser produzidas com êxito, teriam um custo aproximado de US$ 1.

    Os pesquisadores indicaram que a eficácia de outros produtos no tratamento de lesões crônicas complexas é limitada. Alguns artigos conseguem curar completamente uma lesão somente na metade das vezes.

    Aristidis Veves, docente de cirurgia em um hospital universitário de Harvard e coautor do estudo, salientou a urgência de novas abordagens terapêuticas para a cura de lesões crônicas, uma vez que problemas como úlceras em pés diabéticos podem resultar em amputações de pés e pernas.

    “Minha equipe tem a grande oportunidade de participar deste projeto que explora novas técnicas inovadoras e eficazes, com potencial para revolucionar o tratamento de úlceras em pés diabéticos”, disse Veves, que colaborou em diversos projetos de pesquisa relacionados à cicatrização de lesões crônicas, conforme o comunicado de imprensa.

    Bandodkar e Kaveti são apontados como co-inventores da gaze movida a água e solicitaram um registro de patente relacionado ao seu trabalho em 30 de novembro de 2023.

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