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Em 2 de maio de 1986, a então União Soviética decretou oficialmente uma região vedada em torno da usina nuclear de Chernobyl, que passou a ser conhecida como Zona Proibida de Chernobyl. Enigmática, essa região desperta curiosidade em muitas pessoas, levantando questionamentos como: o que se encontra nela? É arriscada? Qual é a situação atual?
No total, a Zona Proibida de Chernobyl possui 2.700 km² e pode ser identificada como uma das mais radioativas do planeta, pois foi o local mais intensamente irradiado após o desastre nuclear de Chernobyl.
Por causa disso, consequentemente, passou a ser interditada para qualquer indivíduo, exceto autoridades governamentais e cientistas. Durante a crise, cerca de 200 mil pessoas tiveram que ser realocadas.
O que ocorreu em Chernobyl?
Para compreender a Zona Proibida, inicialmente precisamos voltar ao incidente nuclear. A Usina Nuclear de Chernobyl está situada na Ucrânia, próxima à fronteira com a Bielorrússia, e contava com quatro reatores quando, em 26 de abril de 1986, o reator número quatro foi alvo de explosões que lançaram material radioativo para o ambiente.
Segundo o European Parllament, a explosão liberou na atmosfera 400 vezes mais radiação do que a produzida pela bomba atômica lançada sobre Hiroshima, de modo que o material se espalhou por toda a Europa.
Estamos falando de mais de 100 elementos radioativos liberados na atmosfera devido ao desastre, como isótopos de iodo (que mesmo em níveis baixos pode causar câncer de tireoide), estrôncio (que pode levar à leucemia) e césio (cujos efeitos são especialmente danosos no fígado e no baço).
Como aconteceu a Zona Proibida de Chernobyl?
Um dia após a explosão, toda a cidade vizinha (Pripyat) já havia sido evacuada, porém novas ordens foram emitidas em maio para evacuar todos os remanescentes nas proximidades da usina.
Dessa forma, a Zona Proibida de Chernobyl foi determinada visando a segurança da população, em decorrência do desastre nuclear. Inicialmente, a região foi dividida em três:
- Zona proibida interna, com alta radiação dentro de um raio de 10 km da usina;
- Zona de evacuação temporária, moderadamente irradiada;
- Zona de monitoramento rigoroso, esporadicamente irradiada.
O que há na Zona Proibida de Chernobyl?
Resumidamente, a Zona Proibida de Chernobyl abriga áreas altamente contaminadas por radiação, incluindo a cidade abandonada de Pripyat, instalações industriais inativas e uma área de natureza intocada.
Atualmente, a zona proibida está repleta de uma variedade de espécies selvagens que se fortaleceram com a ausência da humanidade. Um exemplo é que os lobos de Chernobyl adquiriram resistência ao câncer por causa da radiação.
Após o desastre nuclear, muitas espécies selvagens se adaptaram à vida nessas condições extremas e passaram por mutações genéticas.
Além dos lobos, espécies como javalis, castores, alces, águias, veados, linces e até ursos habitam as florestas da região.
A Zona Proibida de Chernobyl é arriscada?
A Zona Proibida de Chernobyl é considerada perigosa. Após o acidente, foi erguida uma estrutura de concreto ao redor do reator expelido para conter o material radioativo, e em 2017 uma segunda estrutura ainda maior feita de aço foi instalada para reforçar a proteção.
No entanto, mesmo após essas medidas, uma parte do combustível nuclear dentro do reator ainda está em combustão, portanto, nos dias atuais a área permanece sob monitoramento e gera preocupação com a possibilidadede um recente estouro.
Ainda que a radiação tenha reduzido consideravelmente desde o incidente de 1986, ainda há regiões dentro da área que apresentam níveis perigosos de radiação. O local ainda enfrenta outras ameaças, como construções instáveis, detritos radioativos e a presença de fauna potencialmente contaminada.
Existem indivíduos vivendo na Área de Exclusão de Chernobyl?
No entanto, uma particularidade é que a Área de Exclusão de Chernobyl ainda abriga aproximadamente 200 habitantes, que retornaram ilegalmente às suas vilas evacuadas para subsistir nas residências que haviam sido abandonadas.
Fonte: UK Centre for Ecology & Hydrology, Royal Society of Biology, International Nuclear Information System, World Health Organization, European Parllament
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