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O Partido Liberal (PL), principal partido da Câmara dos Deputados e contrário ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vai liderar a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa neste ano. O colegiado escolheu a parlamentar federal Caroline de Toni (PL-SC), com 49 votos a favor e nove votos em branco.
Pela CCJ passam os projetos apresentados na Casa. A comissão tem o poder de impedir a tramitação de uma proposta se os deputados considerarem que ela é inconstitucional. Existe a expectativa de que a vice-presidência do colegiado também seja do PL, com a parlamentar federal Chris Tonietto (PL-RJ), mas a decisão ainda não foi confirmada.
Conforme reportado por Oeste, na terça-feira, dia 5, houve uma reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para definir a distribuição das 30 comissões permanentes para os partidos com os líderes.
A instalação dos colegiados, prevista para hoje, atrasou mais de um mês. Contudo, apenas algumas foram estabelecidas hoje e outras ficarão para os próximos dias.
O nome de Caroline de Toni encontrou resistência do grupo ligado a Lira e ao governo. Ela é considerada “muito radical” e muito alinhada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ao ser questionada sobre a abordagem que adotará na liderança da CCJ, Caroline de Toni declarou que seria “equilibrada”.
“Quem gerencia, seja da Câmara, seja da CCJ, deve ter uma visão equilibrada”, afirmou a parlamentar aos jornalistas, nesta quarta-feira, 6. “É uma posição análoga do magistrado, por assim dizer. Que é alguém que deve mediar todos os tipos de interesse e a gente deve ter bom senso. Eu acredito que essa deve ser a nossa linha de atuação.”
Ao todo, o PL estará à frente de cinco comissões, sendo: Comissão de Educação, Comissão da Família, Comissão de Segurança Pública e Comissão do Esporte. A instalação de todas as comissões foi atrasada, pois a ala governista não ficou satisfeita com os nomes indicados pelo PL, principalmente em relação aos nomes de Caroline e do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que deve liderar a Comissão de Educação.
Anteriormente, Lira se reuniu com líderes partidários para resolver possíveis divergências. O PL não recuou na indicação dos nomes e a ala governista decidiu “apaziguar”, indicando um vice-presidente para a Comissão de Educação.
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