[ad_1]
Um pônei isolado por quatro dias em meio às inundações que afetam o Rio Grande do Sul foi salvo nesta quinta-feira (9) por integrantes do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo. O animal foi tranquilizado pelos bombeiros e, em seguida, transferido para uma pequena embarcação. A situação do equino, que permanecia erguido sobre o teto de uma residência cercada por água na cidade de Canoas (RS), gerou comoção nas redes sociais.
De acordo com o Grupo de Resposta a Animais em Desastres (GRAD), mais de 2 mil animais foram resgatados desde o início das inundações registradas no Sul do país, no final de abril. Além do pônei, apelidado nas redes sociais de Caramelo, foram salvos ainda cachorros, gatos, galinhas e porcos. A logística não é simples e mobiliza diversos profissionais.
“O salvamento é uma etapa essencial, mas não é a única. É fundamental que exista uma organização após o salvamento em situações de desastres, até que os animais sejam abrigados ou devolvidos às suas famílias”, detalhou o grupo nas redes sociais.
A postagem mostra os animais passando por uma primeiro atendimento, considerando que foram expostos a longos períodos sem se alimentar e ao risco de hipotermia.
Além de voluntários para dar sequência às operações, a instituição precisa de doações para oferecer melhores condições aos animais já resgatados. Os itens mais urgentes incluem casinhas e camas, devido ao frio, e medicamentos antipulga. O grupo solicita ainda vacinas para cães e leitores de microchip animal.
“Os salvamentos não cessam, a previsão do clima não é favorável e nós estamos estendendo nossas mãos para além do que podemos alcançar. Isso se deve à nossa rede de apoio que sempre nos ajuda a seguir em frente”, publicou o grupo nas redes sociais. Para quem quiser auxiliar, o GRAD disponibilizou a seguinte chave Pix: 54.465.282/0001-21.
Relatos
A veterinária Carla Sássi atua como voluntária do GRAD nas operações de salvamento de animais no Rio Grande do Sul. Nas redes sociais, ela relata que se deparou com outro pônei isolado na mesma cidade em que Caramelo foi resgatado. O animal estava encurralado nas águas havia quatro dias e recebeu cuidados médicos e alimentação antes que o salvamento fosse realizado.
“Para tirar esse animal deste local, apenas com uma aeronave, pois estamos distantes de qualquer lugar para onde ele pudesse nadar. Infelizmente, devido à água, não podemos remover esse animal daqui. Precisaríamos de uma aeronave capaz de suportar até 500 quilos, com uma rede capaz de suportar esse peso também”, relatou. O animal foi resgatado algumas horas mais tarde.
A ativista e protetora dos animais Luisa Mell participou do salvamento e descreve, nas redes sociais, o desafio de ajudar animais impactados pelas inundações. Os obstáculos vão desde animais ainda presos aos portões das residências onde viviam até janelas trancadas que precisam ser arrombadas para que os voluntários possam efetuar o salvamento.
Em alguns casos, é necessário que o próprio tutor entre na embarcação e participe da operação, tentando manter a calma do animal e a segurança dos voluntários. Um cão da raça border collie e outro da raça pitbull foram salvos pela ativista desta forma. Durante o retorno para o abrigo, a equipe avistou mais dois cachorros, sendo um deles isolado sobre uma pilha de tijolos.
“Tudo é muito, muito, muito desafiador. E ainda precisamos, posteriormente, encontrar donos para esses animais resgatados. Precisamos encontrar os responsáveis por esses animais e, para aqueles que não forem adotados, precisamos arrumar lares temporários, adoção”, afirmou Luisa.
[ad_2]