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A projeção de inflação no Brasil aumentou pela terceira vez consecutiva, conforme o relatório Focus divulgado pelo Banco Central neste segunda-feira (27). As estimativas indicam que a inflação, mensurada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), deverá continuar em elevação até 2026, refletindo uma série de desafios econômicos que o país enfrenta.
As novas previsões apontam para um cenário inflacionário que se estende por anos, além de uma expectativa de elevação na taxa de juros, a Selic, para conter a alta dos preços.
O relatório Focus, que semanalmente compila as expectativas do mercado financeiro, revelou que a mediana das previsões para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) aumentou de 3,80% para 3,86% em uma semana. Este é o terceiro acréscimo consecutivo nas projeções do Índice de Preço ao Consumidor Amplo (IPCA), que há quatro semanas estava em 3,73%.
Para 2025, a projeção também aumentou, passando de 3,74% para 3,75%. Para 2026, a projeção inicial de 3,50% agora está em 3,58%. Este ajuste contínuo nas projeções de inflação reflete um ambiente econômico incerto e a dificuldade em controlar a alta de preços.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que mede a variação de custo em toda a cadeia de produção, em 2024 subiu de 2,47% para 2,65%, refletindo uma tendência de alta nos preços gerais da economia. Essa elevação é atribuída principalmente ao aumento dos custos de matérias-primas e à desvalorização do real, que encarecem os insumos importados e pressionam os preços internos.
As projeções para o IGP-M em 2025 e 2026 permaneceram em 3,80% e 3,75%, respectivamente. Essa persistente elevação no índice, que é amplamente utilizado para reajustar contratos de aluguel e tarifas de serviços públicos, sugere que os agentes econômicos devem se preparar para um ambiente de custos mais elevados.
Além dos índices de inflação, o relatório Focus mostrou alterações em outras importantes variáveis econômicas. A projeção para a taxa de câmbio, por exemplo, aumentou de R$ 5,04 para R$ 5,05 por dólar para 2024, indicando uma leve depreciação do real. A taxa Selic que estava em 13,75% ao ano, deve ser mantida em 10% até o final de 2024.
O Produto Interno Bruto (PIB) manteve suas projeções para 2024 em 2,05%, mas há sinais de preocupação com a sustentabilidade desse crescimento diante do cenário inflacionário e das dificuldades fiscais, visto que o aumento do PIB vem do acréscimo do gasto público e não apenas do aumento da produção.
Em relação ao Investimento Direto no País (IDP), a projeção para 2024 foi mantida em US$70 bilhões, entretanto, há uma expectativa de queda para os anos seguintes, indicando uma possível diminuição na confiança dos investidores estrangeiros.
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