[ad_1]
Texto transcrito e adaptado do inglês, originalmente publicado pela sede americana do Epoch Times.
Apesar de ser amplamente aceito que as vacinas por si só são suficientes para manter nossa saúde, estudos recentes indicam que estar saudável antes de receber uma vacina é igualmente vital.
Um novo estudo constatou que melhorar a saúde metabólica de ratos obesos antes da vacinação—e não depois—incrementou significativamente a imunidade deles contra o vírus da gripe. Esse achado pode alterar as estratégias de saúde, destacando a importância da boa saúde prévia à vacinação, ao invés de depender unicamente da vacina.
Regime pré-vacinação como fator para a eficácia
Anualmente, quando a vacina contra a gripe é disponibilizada, surgem dúvidas sobre sua eficácia, incluindo se a cepa correta foi prevista e sua capacidade de combate ao vírus.
Resultados recentes do Hospital de Pesquisa Infantil St. Jude indicam que tais questionamentos podem desconsiderar um aspecto fundamental—a saúde metabólica do indivíduo antes da imunização.
Para o estudo, os pesquisadores avaliaram as respostas imunológicas de ratos obesos à vacina contra a gripe, comparando os efeitos de alterações na alimentação feitas antes e depois da vacinação.
Quatro semanas antes da aplicação da vacina, os ratos foram submetidos a uma dieta rica em gorduras ou convencional. Após a vacinação, alguns ratos mantiveram suas dietas, enquanto outros modificaram, seja pouco antes ou imediatamente depois da vacinação. A equipe mensurou as respostas imunológicas observando a atividade das células T, essenciais para combater células infectadas, e os níveis de anticorpos. Também examinaram as taxas de sobrevivência após a exposição ao vírus da gripe.
O estudo apontou que os ratos que mudaram para uma dieta convencional apresentaram respostas imunológicas mais robustas e taxas de sobrevivência superiores contra o vírus da gripe em relação aos que mantiveram as dietas inalteradas. Os ratos que permaneceram em uma dieta rica em gorduras ou mudaram apenas após a vacinação não demonstraram melhora nas respostas imunológicas.
Compreensão da saúde metabólica
A saúde metabólica, um indicador crítico da eficácia do corpo em processar e controlar nutrientes, é caracterizada por níveis ideais de glicose sanguínea, colesterol, pressão arterial e respostas inflamatórias equilibradas. Um indivíduo é considerado metabolicamente saudável quando esses fatores estão dentro de faixas saudáveis sem a necessidade de medicação.
Esse estado de saúde metabólica é fundamental, pois auxilia a capacidade do corpo de transformar alimentos em energia, manter níveis constantes de energia e humor e se proteger contra doenças crônicas. Além disso, fortalece o sistema imunológico, melhorando a habilidade do corpo de combater infecções.
Otimização da saúde metabólica como um reforço para vacinas
Embora seja amplamente documentado que a vacinação é geralmente menos eficiente em indivíduos com obesidade em comparação com aqueles com um índice de massa corporal (IMC) mais saudável, os pesquisadores descobriramque a questão fundamental não é a obesidade, mas sim a disfunção metabólica.
A disfunção metabólica afeta o sistema imunológico e prejudica a funcionalidade das células T. Esse problema persiste mesmo se alguém adotar uma alimentação saudável após ser vacinado, ressaltando a importância da saúde metabólica no momento da vacinação.
“A redução de peso antes da vacinação parece minimizar parte da disfunção do tecido adiposo e a inflamação excessiva, resultando em uma melhor função das células T e produção de anticorpos,” afirmou a principal autora e especialista em virologia da influenza Stacey Schultz-Cherry ao The Epoch Times. “Em resumo, as células T estão mais preparadas para desempenhar sua função, o que leva a uma produção aprimorada de anticorpos e à capacidade de combater o vírus durante a infecção.”
Pesquisas anteriores demonstraram que todos os ratos vacinados expostos ao vírus da gripe sucumbiram à doença. Curiosamente, os ratos que perderam peso após a vacinação ainda não estavam protegidos e faleceram após a exposição ao vírus, permanecendo suscetíveis apesar de apresentarem boa saúde aparente.
“Uma descoberta surpreendente foi que o problema com a resposta vacinal fraca poderia ser dissociado da forma física obesa. Isso significa que poderíamos vacinar ratos fenotipicamente obesos e, desde que estivessem metabolicamente saudáveis, a vacina seria eficaz. Isso é uma descoberta empolgante,” observou a Sra. Cherry-Schultz.
Redefinindo a eficácia da vacina contra a gripe
As descobertas desafiam a presunção de uma eficácia universal da vacina contra a gripe, indicando que a saúde do indivíduo no momento da vacinação pode impactar significativamente a eficácia.
Ao contrário das vacinas para algumas enfermidades, não existe uma vacina universal contra a gripe, principalmente devido à mudança anual da cepa predominante do vírus. Os cientistas precisam fazer uma previsão informada sobre qual cepa será mais prevalente a cada ano.
Geralmente decidida até fevereiro, essa previsão se baseia na atividade global recente da gripe e permite tempo para a produção e distribuição adequadas da vacina. No entanto, a natureza preditiva desse processo acarreta o risco de discrepância entre a vacina e o vírus em circulação.
As vacinas contra a gripe estimulam uma resposta de memória imunológica, preparando o organismo para combater futuras infecções. Contudo, “a resposta anamnéstica [a reação do sistema imunológico a uma exposição antígena repetida] em populações idosas não é tão eficaz,” mencionou o Dr. Philip Lee Miller, fundador do Instituto de Gerenciamento da Idade da Califórnia, ao The Epoch Times por e-mail.
Esse desafio resultou no desenvolvimento de vacinas contra a gripe quadrivalentes, elaboradas para serem mais eficazes a fim de compensar as respostas imunológicas reduzidas em adultos de idade avançada. Apesar dessas melhorias, a eficácia ainda varia, podendo chegar a “18 a 20% em determinados anos,” conforme o Dr. Miller.
Ozempic antes da vacinação?
Embora a transposição de descobertas de modelos animais para a saúde humana exija cautela, ela apresenta uma visão convincente sobre a preparação pré-procedimento médico. O aprimoramento da saúde antes de qualquer tratamento pode posicionar os pacientes para obterem melhores resultados, promovendo uma adoção mais ampla de medidas preventivas de saúde.
“O ponto principal é verdadeiramente muito simples,” ressalta o Dr. Miller. “Um indivíduo mais saudável terá uma resposta anamnésica mais resistente, ou seja, uma vacinação mais efetiva.”
Os pesquisadores do St. Jude estão cogitando mais pesquisas para avaliar a eficácia das vacinas em indivíduos com disfunções metabólicas que estão adotando várias estratégias de aprimoramento da saúde.
“Ficaríamos felizes em dar continuidade a esse trabalho examinando a efetividade das vacinas contra a gripe e outras em crianças e adultos que possuem disfunções metabólicas e/ou obesidade e que estão em programas de exercícios e/ou perda de peso ou utilizando medicamentos para emagrecimento como o Ozempic (a título de exemplo),” afirmou a Sra. Cherry-Schultz.
Essa abordagem suscita questionamentos interessantes sobre até que medida intervenções médicas podem ser utilizadas para preparar o corpo para a vacinação, particularmente medicamentos como o Ozempic, que são comumente receitados para perda de peso e controle do diabetes. Isso suscita questões cruciais sobre priorizar a droga em detrimento de estratégias mais abrangentes de estilo de vida e gestão de saúde para preparar o corpo de um indivíduo para a vacinação.
Os achados preliminares do estudo necessitarão de mais pesquisas em seres humanos antes que muitas conclusões possam ser estabelecidas. No entanto, o potencial de melhorar a saúde antes de procedimentos médicos ou vacinações para aprimorar os desfechos apresenta uma área promissora de pesquisa que merece mais exploração.
Papel da imunidade natural
Um aspecto crucial não inteiramente investigado nas pesquisas atuais é o papel da imunidade inata entre indivíduos saudáveis que não recebem vacinas. Considerando os resultados aprimorados em roedores mais saudáveis após a vacinação, surge uma questão chave: Como indivíduos saudáveis, mas não vacinados, semelhantes se sairiam contra a gripe?
Incluir um terceiro grupo de controle—saudável e não vacinado—poderia proporcionar informações essenciais. Tal grupo auxiliaria os pesquisadores a avaliar com precisão a eficácia da imunidade inata na luta contra a gripe, independentemente das influências da vacinação. Os autores reconhecem a importância desse método e confirmam que pretendem seguê-lo.
Um estudo dessa natureza aprimoraria nossa compreensão das estratégias de saúde pública. Ele poderia evidenciar se uma imunidade natural resistente pode reduzir ou até mesmo eliminar a necessidade de vacinação em casos específicos. Essa abordagem ressaltaria a importância de manter uma boa saúde para a prevenção de doenças e auxiliaria a definir as vantagens específicas das vacinas em relação à imunidade natural.
[ad_2]