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No início da semana passada (17), o real ultrapassou o peso argentino e passou a ser a moeda com pior desempenho entre os países emergentes em 2024. Às 16h, o real registrou uma desvalorização de 10,54% em relação ao dólar, enquanto o peso argentino teve uma desvalorização de 10,48%.
Cenário econômico internacional
Uma das principais razões externas para esse movimento é a taxa de juros americana, que permanece elevada. Felipe Pontes, da Avantgarde Asset Management, explicou que as taxas de juros nos EUA, consideradas o risco global sem juros, estão atualmente em 5,5%, enquanto no Brasil estão em 10,5%. Essa diferença de 5% é historicamente baixa, o que estimula a saída de capital do Brasil para os Estados Unidos.
Fatores internos
O real está enfrentando pressões internas que estão agravando sua desvalorização. A incerteza política e economicamente no Brasil, incluindo alterações na meta fiscal e na presidência da Petrobras, juntamente com declarações recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estão aumentando o risco percebido de investir no país.
Rafael Perretti, da Clear Corretora, mencionou que o aumento do risco Brasil se reflete no Credit Default Swap (CDS), um indicador que avalia a probabilidade de inadimplência do país.
O agravamento das contas públicas e a expectativa de aumento da inflação no Brasil, impulsionados por fatores fiscais e climáticos, como as chuvas no Rio Grande do Sul, estão ampliando a aversão ao risco. O Boletim Focus desta semana revisou para cima a previsão de deterioração em todos os índices econômicos calculados, reforçando essa tendência.
Impacto das matérias-primas
Outro fator que está contribuindo para a desvalorização do real é a queda nos preços das matérias-primas. O petróleo Brent, que estava acima de US$90 por barril em abril, caiu para US$84,3. O minério de ferro, que atingiu US$122,5 por tonelada em maio, encerrou ontem em US$104,8.
Perspectivas futuras
A manutenção de taxas de juros elevadas nos EUA pelo Federal Reserve pode continuar pressionando o real. No entanto, dados econômicos mais fracos nos EUA têm reduzido recentemente os rendimentos dos títulos de renda fixa americana, o que poderia aliviar a pressão sobre a moeda brasileira se essa tendência persistir.
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