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Texto adaptado do inglês, publicado pela matriz americana do Epoch Times.
As mitocôndrias, frequentemente conhecidas como “usinas” do corpo, são fundamentais para o metabolismo e o bem-estar geral. Elas transformam nutrientes essenciais, como carboidratos, gorduras e proteínas, em energia que o corpo pode utilizar facilmente. A função mitocondrial comprometida pode aumentar a probabilidade de diabetes, doenças cardiovasculares e câncer.
Zheng Yuanyu é ex-médico auxiliar do Hospital Geral de Veteranos de Taipei e ex-esportista. Em uma entrevista ao Epoch Times, o Dr. Zheng explicou a importância das mitocôndrias para a saúde humana, as enfermidades resultantes da função mitocondrial deficiente e como o popular exercício da Zona 2 pode melhorar eficazmente a função mitocondrial.
Mitocôndrias: os poderes do corpo
O trifosfato de adenosina (ATP) é a energia química que as células conseguem usar diretamente. Nutrientes como glicose e ácidos graxos, transportados para as células por meio da corrente sanguínea, não podem ser empregados diretamente. Eles devem ser convertidos em ATP pelas mitocôndrias no interior das células antes de poderem ser aproveitados.
Dr. Zheng explica que quando as mitocôndrias funcionam de modo ideal, elas convertem de maneira eficaz o combustível em ATP. Isso proporciona energia suficiente às células, permitindo que funcionem de maneira eficaz e que as mitocôndrias ativem as vias metabólicas de queima de gordura nos momentos apropriados.
Por outro lado, quando a função mitocondrial é afetada, há uma produção aumentada de subprodutos prejudiciais, como espécies reativas de oxigênio (ROS), que incluem radicais livres de oxigênio e peróxidos. Esses subprodutos podem causar danos às células e acelerar o processo de envelhecimento. Além disso, a diminuição da produção de energia pelas mitocôndrias leva à escassez de energia e à redução da funcionalidade dos órgãos, ocasionando fadiga e impactando o corpo de várias maneiras.
A má função mitocondrial pode desencadear várias enfermidades
À medida que o corpo envelhece naturalmente, as mitocôndrias passam por diversas formas de declínio. Quando as vias nas quais as mitocôndrias costumam atuar são comprometidas, isso pode desencadear uma série de condições e enfermidades relacionadas, incluindo mal de Parkinson, declínio cognitivo, fraqueza muscular, deficiência visual, perda de audição, diabetes, e falha de produção de glóbulos vermelhos.
Células cancerosas nas mitocôndrias apresentam padrões metabólicos específicos e alterações genéticas podem ocorrer no DNA mitocondrial.
Zheng declarou que as mitocôndrias possuem seu próprio DNA, que é mais vulnerável a danos e mutações do que o DNA do centro da célula, possivelmente causando diversas enfermidades. Em certos casos, isso pode resultar em um estado prolongado de saúde aquém do desejado, que pode piorar gradualmente e, em última instância, desencadear uma doença concreta.
Principal razão de deterioração mitocondrial: modo de vida sedentário
Comprovações científicas mostram que um estilo de vida sedentário e a falta de atividades físicas prejudicam consideravelmente a funcionalidade da mitocôndria. Envelhecimento natural, mutações genéticas e infecções também são as principais causas de mal funcionamento mitocondrial. Entretanto, a prática de exercícios físicos continua a ser a única intervenção conhecida para manter e aprimorar a função mitocondrial, sendo uma abordagem que a maioria das pessoas pode adotar prontamente para obter vantagens imediatas.
Dr. Zheng explica que à medida que as pessoas envelhecem, as mitocôndrias ficam mais sensíveis a danos provocados por fatores como substâncias tóxicas presentes no ambiente, remédios e radicais livres gerados nas atividades diárias. Isso, por sua vez, torna o DNA mitocondrial mais propenso a mutações. Quando as mitocôndrias são lesadas, geram mais componentes reativos de oxigênio durante seu funcionamento, o que prejudica ainda mais o DNA, criando um ciclo vicioso, afirmou ele.
O processo inflamatório crônico está fortemente relacionado com componentes reativos de oxigênio. Segundo o dr. Zheng, hábitos de vida saudáveis, como alimentação equilibrada e prática regular de exercícios, podem auxiliar na proteção das mitocôndrias e na prevenção da inflamação crônica.
Métodos para aprimorar a saúde mitocondrial
Para aumentar a saúde mitocondrial, é fundamental reduzir os fatores que podem gerar mutações genéticas e diminuir a inflamação crônica. Além disso, conservar um estado emocional positivo, evitar situações de grande estresse e limitar o consumo excessivo de calorias e, ao mesmo tempo, diminuir a ingestão de alimentos processados são fundamentais, mencionou o doutor. Contudo, a prioridade principal é a prática regular de exercícios.
O dr. Zheng ressalta que o exercício é a melhor forma de aprimorar a funcionalidade mitocondrial. À medida que as pessoas envelhecem, seus níveis de atividade diminuem gradativamente, levando a um declínio na saúde mitocondrial. Ele também mencionou uma pesquisa no Journal of Physiology, indicando que indivíduos que mantêm um estilo de vida sedentário desde tenra idade experimentam um decréscimo mitocondrial mais rápido e precoce em relação à população em geral. Como resultado, progridem de um estado de saúde abaixo do ideal para a doença muito mais cedo.
Diversos estudos revelaram que quando os esportistas cessam os treinos ou quando pessoas saudáveis diminuem os seus níveis de atividade física por um período, a eficácia mitocondrial e a manifestação do DNA diminuem consideravelmente em apenas algumas semanas.
Na sociedade contemporânea, o hábito de muitas pessoas envolve uma prática física tão mínima durante o dia que se torna prejudicial à saúde celular. Com o passar do tempo, isso pode implicar em consequências sérias para a saúde de modo geral.
Atividade da Zona 2
Zheng esclareceu por que as atividades da Zona 2 – práticas de nível moderado, relativamente relaxantes e eficientes para queimar gordura – podem aprimorar a saúde celular.
A atividade da Zona 1 se refere a tarefas muito fáceis de realizar, enquanto a prática da Zona 2 envolve atividades aeróbicas um pouco mais intensas do que a Zona 1. Exemplos de atividades da Zona 2 incluem corrida leve, caminhada rápida ou ciclismo.
Para as atividades da Zona 2, a meta de batimentos cardíacos geralmente é de 70 a 80% da sua frequência cardíaca máxima, calculada como 220 menos a sua idade. Por exemplo, se você tem 40 anos, sua meta de batimentos cardíacos para atividades na Zona 2 seria entre 126 e 144 batimentos por minuto. Nesse estágio, você ainda consegue conversar, mas perceberá que precisa respirar mais frequentemente enquanto fala.
O dr. Zheng sugere que indivíduos com boa forma física incorporem alguns exercícios de maior intensidade após um aquecimento adequado. Essa abordagem pode aprimorar a eficácia celular de forma mais rápida. No entanto, para a maioria das pessoas, o treino da Zona 2 é geralmente mais apropriado.
Zheng compartilhou um exemplo que ilustra como a prática física pode aprimorar a eficácia celular. Um paciente pré-diabético, após completar um programa de atividades de 12 meses, mostrou melhora na eficácia celular. Durante uma sessão de ciclismo leve, o paciente obteve um alto nível de queima de gordura, indicando maior capacidade celular para metabolizar ácidos graxos. Além disso, os níveis de lactato sanguíneo do paciente estavam consideravelmente baixos, refletindo um metabolismo aeróbico mais eficiente. Testes posteriores mostraram que o metabolismo da glicose sanguínea do paciente havia retornado ao normal, tirando-o com êxito do estado pré-diabético.
Segundo o Dr. Zheng, a prática física aprimora a eficácia mitocondrial, melhorando a capacidade das mitocôndrias de alternar de forma mais eficaz entre o uso de carboidratos e ácidos graxos, além de aumentar a capacidade global. A eficácia mitocondrial aprimorada contribui para a saúde de diversos órgãos e reduz o risco de doenças neurodegenerativas, incluindo a doença de Alzheimer. Isso se dá porque o cérebro demanda uma quantidade significativa de ATP, que é dependente do funcionamento ideal das mitocôndrias.
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