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O mandatário do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, defendeu, nesta segunda-feira, 4, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que aumenta a autonomia da instituição. O tema está em debate no Senado.
O Banco Central já goza de independência operacional, porém é uma autarquia federal com orçamento atrelado à União. A declaração de Campos Neto ocorreu durante sua palestra no Conselho Político e Social da Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Conforme informações divulgadas no portal Poder360, segundo o texto da PEC, o banco se transformaria em uma entidade pública com plena autonomia financeira e orçamentária, sob supervisão do Congresso Nacional e com poder de fiscalização. O presidente do BC acredita que a instituição necessita possuir orçamento próprio, a fim de realizar melhorias em seu corpo de colaboradores e nos processos administrativos.
Campos Neto destacou que o Banco Central implementou, em 2021 e 2022, o mais significativo ciclo de aperto monetário em período eleitoral dentre todos os países emergentes, o que também definiu como uma missão nada fácil de cumprir, considerando o aumento das taxas de juros durante o pleito. Para o economista, o contexto da política monetária difere da política brasileira e, por isso, a autonomia se mostra eficaz.
“Observamos o BC cada vez mais inserido no universo da tecnologia e digitalização”, comunicou Campos Neto. “É imprescindível contar com um quadro com competências administrativas mais equiparáveis ao setor privado.”
Visão de Campos Neto contraria governo Lula
Gleisi Hoffmann realiza críticas constantes a Campos Neto | Fotografia: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O posicionamento do presidente do BC em relação à independência não é bem recebido por membros do governo atual. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já manifestou críticas, em diversas ocasiões, à autonomia operacional do banco.
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (RS), tem sido uma das críticas mais incisivas à gestão de Campos Neto. Em publicação no Twitter/X, neste domingo, 3, a parlamentar voltou a atacar o presidente do BC e mencionou expressamente a PEC que almeja conceder autonomia à instituição financeira.
Segundo Gleisi, assegurar a independência do BC equivale a submeter o Brasil a uma “ditadura monetária”. A petista proferiu tal afirmação após Campos Neto declarar ao jornal Folha de S.Paulo que planejava ampliar a autonomia do banco.
Campos Neto afirmou desejar evitar “interferências na imprensa” e que o tema carece de ser debatido de “modo técnico”.
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