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O dólar iniciou a semana em ascensão de 0,5% e alcançou R$ 5,41 na manhã desta segunda-feira, 17. A elevação reflete expectativas sobre o encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) e a política financeira do governo Lula (PT). O Ibovespa, principal índice da B3, teve queda de 0,41%, fechando em 119.175 pontos.
As atualizações do Boletim Focus do Banco Central, divulgadas hoje cedo, também colaboram para a estimativa do dólar. O mercado ajustou a previsão da taxa Selic para 2024 para 10,50% ao ano, em comparação com os 10,25% da semana passada e os 10% há um mês.
O mercado financeiro permanece cauteloso e aguarda possíveis anúncios de medidas para a diminuição de gastos públicos que foram prometidas pelo governo Lula. A esperança dos investidores é que o compromisso com o ajuste fiscal em Brasília seja reforçado, o que reflete o ceticismo em relação à execução das metas fiscais.
Encarecimento do dólar também foi impulsionado pela desconfiança em Lula
Investidores permanecem desconfiados sobre o sistema financeiro | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Investidores locais destacam que, apesar dos esforços da administração federal para rever gastos, a desconfiança sobre o cumprimento das metas do sistema financeiro persiste. Eles aguardam informações da reunião do presidente Lula com ministros da Junta de Execução Orçamentária, onde cortes de despesas devem ser debatidos para buscar equilíbrio financeiro em 2024 e 2025.
Externamente, números mais robustos do que o esperado da indústria dos Estados Unidos indicam uma economia resistente. Isso sugere que o Fed pode manter uma política monetária restritiva por mais tempo, colocando em questão um eventual corte de juros em setembro.
Na China, os dados contrastantes mantêm a esperança de recuperação da demanda interna, mas revelam fraqueza contínua no setor imobiliário e desaceleração na produção industrial. O banco central chinês manteve as taxas de médio prazo inalteradas nesta segunda-feira.
Desempenho econômico da China
As vendas no varejo da China superaram as expectativas, porém a produção industrial desacelerou, e os dados de vendas e preços de novas moradias caíram mais do que o previsto. De acordo com o grupo bancário Julius Baer, “o panorama da atividade somado ao enfraquecimento da demanda por crédito simbolizam uma demanda interna ainda fraca no país, o que deve impactar o PIB no segundo trimestre e levar a um crescimento anual de 4,8%.”
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