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A variação cambial e a elevação do valor das matérias-primas foram os principais obstáculos enfrentados pelas indústrias, conforme o documento Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em torno de 19,6% do ramo foi impactado. Tal percentual representa um crescimento expressivo em relação aos 5,6% registrados no primeiro trimestre do ano, resultando na variação cambial subindo da 17ª para a 4ª posição entre os principais obstáculos enfrentados.
O índice de aumento do preço médio das matérias-primas alcançou o maior valor desde o segundo trimestre de 2022, época em que a indústria ainda suportava os efeitos da crise na cadeia de abastecimento provocada pela pandemia de COVID-19. Essa elevação nos custos pressionou ainda mais as margens de lucro das empresas, já impactadas por outros fatores econômicos.
(Empresas que relataram encontrar principais problemas na valorização do dólar dispararam no segundo trimestre de 2024. Fonte: CNI/Sondagem Industrial Junho 2024)
Diminuição na produção e empregos estáveis
A atividade industrial apresentou uma redução em junho de 2024, comparado ao mês anterior, embora essa diminuição tenha sido menos intensa do que a registrada em junho de 2023. O índice de aumento da produção ficou em 48,7 pontos, abaixo da linha de 50 pontos, que separa crescimento de redução na produção.
Apesar disso, o número de colaboradores na indústria permaneceu estável entre maio e junho, com o índice de aumento do emprego alcançando 50 pontos, um desempenho superior ao de junho de 2023, quando o índice foi de 48,6 pontos.
Reservas abaixo do planejado
As reservas de produtos retrocederam em junho de 2024 em comparação com maio, ficando aquém do planejado para o mês desde 2020. O índice de aumento do nível de reservas ficou em 48,2 pontos, indicando uma redução das reservas frente a maio, enquanto o índice de reservas efetivo em relação ao planejado caiu para 48,6 pontos.
Dados da CNI demonstram que as reservas estão em queda constante desde junho de 2023 quando estava com 52,6 pontos, acima do esperado, para 48,2, abaixo do esperado, em junho de 2024.
Tal cenário indica que as indústrias terão que aumentar a produção em breve para repor as reservas, entretanto, como demonstrado anteriormente, o nível de produção tem decrescido, o que pode aumentar os preços para os consumidores.
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