O chefe do governo argentino, Javier Milei (foto), emitiu uma mensagem de Ano Novo e alertou que o país enfrentará “um grande desastre social”, caso o Congresso não aprove as medidas enviadas por seu governo.
“Estamos em uma situação crítica, que requer a utilização de todos os recursos e ferramentas possíveis, como fizemos no início do governo”, disse em vídeo compartilhado nas redes sociais.
Em seu discurso, Milei afirmou que os decretos econômicos “são o primeiro passo” para o país se afastar do modelo que “empobreceu” os argentinos nas gestões anteriores.
“Estes são os primeiros passos para mudar completamente o modelo econômico que afundou os argentinos na miséria durante mais de cem anos. A alteração radical deste modelo empobrecedor é um compromisso inegociável que assumi com todos os argentinos. No entanto, o problema herdado é muito profundo.”
Milei anunciou na semana passada um decreto que cortará sete mil empregos públicos. O objetivo é reduzir o tamanho da máquina estatal argentina e realizar uma auditoria sobre o total do funcionalismo público do país.
O governo também estuda a implementação de um congelamento salarial e redução de até 15% na remuneração para a elite do funcionalismo público do país.
No comunicado de fim de ano, o presidente exorta os argentinos a pressionarem o Congresso para aprovar essas e outras medidas.
“A Nação necessita disso. Se todos os atores políticos, empresariais e sindicais aprovarem nosso programa, haverá luz”, afirmou.
Ao final da mensagem, afirmou que o objetivo da nova legislação é “retornar a ser um país livre, limitando o poder do Estado, focando na defesa da vida, liberdade e propriedade dos argentinos”.
“Onde todos sejam livres para trabalhar, produzir, empregar, comercializar, importar e exportar como considerem melhor, e não como um burocrata ditando as regras de um escritório governamental. Quem pode preferir o país devastado de hoje ao país próspero que propomos?”, questionou.