segunda-feira, 8 julho, 2024
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    ‘A omissão do Congresso nos levou à ditadura’


    Vamos ser bem explícitos. Quem teria o poder de evitar a sombria ditadura em que cada vez mais o Brasil se afunda é o Congresso Nacional. Quem contribuiu para nos afundar na ditadura persecutória, disfarçada de defesa da democracia, é o Congresso Nacional. Hoje, congressistas — alguns, diga-se — pagam o preço pelo silêncio, omissão e covardia da maioria de deputados e senadores, que nada fizeram diante dos abusos do Judiciário. Inúmeros pedidos de impeachment de juízes supremos abusivos foram arquivados, tentativas de reformas do Poder Judiciário foram barradas. Os presidentes das Casas, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, esboçaram discursos de reação. Porém, nenhuma ação efetiva contra as perseguições, silenciamentos e até prisões abusivas que acontecem debaixo de seus narizes. 

    Agora a água autocrata bate no glúteo de nossos polidos e discretos congressistas. Atualmente, o líder da oposição na Câmara, Carlos Jordy, foi acordado com fuzis apontados para ele. O motivo? Acusação de liderar as invasões do 8 de janeiro. Um sujeito que não havia estado na invasão do 8 de janeiro o chamou de “meu líder”, expressão usada o tempo todo em Brasília. O deputado Ramagem também tem a Polícia Federal perseguindo-o. Acusação de uma suposta interferência na Abin para monitorar adversários políticos de Bolsonaro. Uma conversa de uma época em que o deputado estava fora da Abin foi a razão esdrúxula de sua intimação. Não importa o esdrúxulo da razão para os perseguidores. Eles sabem que contam com a Globo e toda a grande mídia para deturpar a realidade e manipular o noticiário contra quem querem destruir. Atualmente, qualquer político, jornalista, influenciador que tenha algum elo direto ou indireto com o que os juízes supremos chamam de bolsonarismo está com a cabeça à prêmio. Em sendo candidato nestas eleições, expondo a cabeça, corre mais o risco de tê-la cortada. 

    O próprio Congresso Nacional é o agente omisso que gerou esta ditadura perfeita onde o Brasil se enfiou, que agora engole seus próprios deputados. A omissão e ação pérfida do Congresso começou por entregar de bandeja a cabeça de Daniel Silveira ao STF, por este ter apenas criticado o Supremo num vídeo. Condenado a mais de dez anos de cadeia, sem recurso, sem direito à progressão de pena, mesmo tendo sido indultado por Bolsonaro, de nada adiantou. O ex-deputado foi cassado, expulso e teve seu pedido de prisão endossado pelos seus pares deputados que não perceberam que estavam cortando as suas próprias cabeças, anulando seu poder ao entregarem o colega num dos mais absurdos processos da história da Justiça brasileira.

    Atualmente, o resultado: o líder da oposição tendo mandado de busca e apreensão em sua casa, sendo acordado, ele e sua família, com um fuzil apontado para ele com a acusação esdrúxula de liderar as invasões do 8 de janeiro. O deputado Ramagem também investigado, intimado, perseguido em sua casa por uma mensagem de WhatsApp de quando nem era da Abin, de fazer monitoramento de adversários políticos, algo que parece piada de humor negro: jornalistas, políticos, cidadãos a todo momento são monitorados em suas redes sociais e empregos pela ditatoga: eu mesmo perdi uma rede social por três meses por dizer que havia censura no Brasil. Outros perderam redes, trabalho, contas bancárias, passaporte, perderam até a liberdade em prisões arbitrárias. E os juízes supremos que monitoram e arruínam os adversários acusam os outros de monitoramento. Outro deputado acusado de fazer autodeclaração racial falsa, quando o próprio Flávio Dino já se declarou branco, pardo e preto ao mesmo tempo. Todos estes deputados são candidatos conservadores a prefeito de suas cidades, ligados a Bolsonaro. Eles despertam o ódioda Suprema Corte, que almeja extinguir toda a ala direitista do Brasil com os mais absurdos argumentos. Não aceitam a oposição de uma imprensa independente, uma vez que jornalistas autônomos também são censurados e presos.

    Agora o Congresso percebe que a ditadura não tem limites. Vai avançando, infiltrando aos poucos por onde encontram brechas. Os deputados e senadores aceitaram e continuam aceitando. Deputados e senadores, com medo de processos engavetados por juízes soberanos, se calam e nada fazem diante dos abusos do Judiciário, que anula seus poderes e viola sua liberdade e integridade, invadindo seus lares. Pior: seguem na maioria em silêncio, porque Valdemar Costa Neto, o líder do PL, instruiu os candidatos a prefeito e vereador para não entrarem em conflito com o Supremo. Todos calados, com medo, omissos, enquanto a ditadura sombria vai apagando a democracia no Brasil.

    Tudo isso acontece em uma espécie de democracia sem participação popular, onde só vigora o autoritarismo sem discordância. Sem voz na grande mídia, sem voz no Congresso, que continua em silêncio. Você já parou para se perguntar onde estão os eleitores de Lula? Onde o presidente vai, ou não há ninguém, ou há pessoas vaiando e xingando. Lula mal permanece no Brasil. Vive viajando ou confinado com público controlado. Suas lives têm baixa audiência. Atraem menos de 3 mil pessoas por transmissão. Ao contrário da última live de Bolsonaro, que já conta com mais de 5 milhões de visualizações. Onde estão os eleitores de Lula, se ele recebeu metade dos votos do país, conforme atestou a Justiça Eleitoral? Alguém pode dizer que o eleitorado de Lula na verdade apenas o elegeu por rejeição a Bolsonaro e o despreza. Ainda assim, as pesquisas indicam um terço das pessoas que consideram seu governo bom e ótimo. Onde estão estas pessoas? Nas redes sociais são minoria. Não comparecem a comícios. Não vão ao encontro de Lula, que parece governar sem povo. Pior: impõe pautas impopulares, que podem ser aprovadas pelo Congresso. Liberação de drogas, liberação de aborto, liberação de presos perigosos, anulação de pequenos crimes como roubo — tudo isso proposto pelo Supremo Tribunal Federal, cabo eleitoral de Lula nas eleições e na Justiça. O STF age como o verdadeiro legislador das pautas do governo, que age como os políticos ativos no Brasil — estes também sem nenhum respaldo popular. Juízes sem voto e sem legitimidade para legislar, mas respaldados pelo medo que impõem a todos. Importante salientar que a grande maioria do Supremo foi indicada pelo lulopetismo.

    Coincidência ou não, foi esta maioria de juízes que libertou Lula e o devolveu ao poder. Esta maioria de juízes tem perseguido, censurado e preso opositores do poder lulopetista, sob o pretexto infundado de que são golpistas. Achar que há ilegalidade na soltura e eleição de um homem condenado por corrupção pode levar alguém à prisão porque o Supremo considera esse discurso antidemocrático. A imprensa aplaude e endossa. É a ditadura perfeita. Governo, Judiciário e grande mídia unidos contra todos. E com a conivência omissa e silenciosa do Congresso Nacional. Uma ditadura perfeita, sem povo, sem apoio popular, com um povo calado e amedrontado pela via tirânica de juízes que literalmente silenciam e reprimem qualquer voz discordante ao poder estabelecido no Brasil.

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