O ministro Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), resolveu alterar a prisão do presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, para preventiva. A decisão foi tomada na noite de sexta-feira, 9.
Com essa decisão, Valdemar permanecerá detido por tempo indeterminado. O presidente do PL, partido que abriga o ex-presidente Jair Bolsonaro, e ex-deputado federal por São Paulo, foi alvo da Operação Tempus Veritatis, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã de quinta-feira, 8.
Inicialmente, Valdemar seria alvo apenas de mandado de busca e apreensão, mas acabou sendo preso em flagrante por porte ilegal de arma (que estava registrada no nome do filho dele e com o registro vencido). Na residência dele, agentes da PF também apreenderam uma pedra de ouro.
A conversão em prisão preventiva é a segunda notícia negativa para o presidente do PL nesta sexta-feira. Mais cedo, ele passou por audiência de custódia, em Brasília, na qual o Poder Judiciário definiu que o ex-parlamentar deverá permanecer encarcerado.
O advogado responsável pela defesa de Valdemar, Marcelo Bessa, não fez nenhum comentário a respeito da decisão do STF. Na quinta-feira, o PL usou seus canais nas redes sociais para defender seu presidente.
“A defesa do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirma que não há fato relevante algum [para a prisão]”, afirmou a legenda, mas em comunicado que não foi atribuído a nenhum profissional do Direito. “E que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.”
A defesa do presidente Nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.Afirma também que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente…
— Partido Liberal – PL 22 (@plnacional_) February 8, 2024
Valdemar e outros alvos da PF
Valdemar Costa Neto não foi o único aliado de Bolsonaro a ser alvo da Tempus Veritatis. Na operação, dois ex-assessores do ex-presidente da República foram detidos preventivamente: Filipe Martins e Marcelo Câmara.
Bolsonaro também entrou na mira da PF, a partir da decisão expedida por Moraes. O ex-chefe do Poder Executivo do país entregou o seu passaporte para as autoridades.
Ao todo, os agentes da PF saíram às ruas para cumprir quatro mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão. Segundo a corporação, a ação visa investigar uma suposta “tentativa de golpe de Estado”.