segunda-feira, 1 julho, 2024
spot_img
Mais

    Últimos Posts

    spot_img

    Ação da PF mira político Ramagem por escutas ilegais na Agência Brasileira de Inteligência


    Investigação em progresso

    Esse conteúdo aborda um acontecimento que ainda está em fase de investigação pela redação. Em breve teremos mais informações.

    O parlamentar federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e agentes da Polícia Federal estão sendo alvo de uma ação da PF realizada na manhã desta quinta-feira (24) contra um grupo que, de acordo com as investigações, operava clandestinamente dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitorar de forma ilegal autoridades públicas e outras pessoas.

    A operação Vigilância Aproximada é uma continuação da ação Última Milha, deflagrada em outubro do ano passado para investigar o uso de ferramentas de geolocalização de celulares e tablets para monitorar políticos, juízes, entre outras pessoas, sem autorização judicial.

    O gabinete do deputado Ramagem na Câmara dos Deputados e o apartamento funcional dele são alvos das buscas da PF. O Gazeta do Povo está tentando entrar em contato com o deputado e com a Abin para comentar sobre a nova investigação.

    A PF chegou ao gabinete de Ramagem na Câmara por volta das 6h30 para realizar as buscas e foi acompanhada pela Polícia Legislativa. As buscas duraram cerca de duas horas e os federais saíram levando malotes com objetos apreendidos.

    Ao todo, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, Juiz de Fora (MG), São João Del Rei (MG) e Rio de Janeiro. Também estão sendo realizadas medidas cautelares como a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais.

    O deputado também foi convocado pela PF para prestar depoimento ainda nesta quinta-feira (25), mas a assessoria dele informou que ele se pronunciará apenas quando tiver acesso completo aos autos da investigação.

    Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi o chefe da Abin no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele também já atuou como delegado da Polícia Federal. Ramagem é pré-candidato do PL à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições municipais deste ano.

    Na época da operação Última Milha, Ramagem declarou que determinou uma auditoria formal em todos os contratos ao assumir o cargo em 2019 e que a análise resultou em um pedido de correição na Corregedoria-Geral da Abin, e que a ação da PF foi resultado do “trabalho de austeridade promovido na nossa gestão”.

    “As provas obtidas a partir das diligências executadas pela Polícia Federal à época [da operação Última Milha] indicam que o grupo criminoso criou uma estrutura paralela na ABIN e utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal”, disse a corporação em nota.

    Na época, a PF prendeu dois servidores da Abin e afastou o “número 3” da agência, Paulo Maurício Fortunato Pinto, por envolvimento no esquema de rastreio irregular de celulares.

    A investigação apontou que o monitoramento era realizado por meio de um aplicativo israelense chamado FirstMile comprado pelo governo e que usava informações de GPS para monitorar de forma irregular a localização de celulares de servidores públicos, políticos, policiais, advogados, jornalistas e juízes.

    Na sequência da investigação, surgiu a informação de queo projeto teria beneficiado integrantes da família Bolsonaro, o que foi negado por um deles, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele classificou a suspeita como uma “falsidade” para criar “narrativas fictícias” contra o ex-presidente.

    O programa foi adquirido no final da administração de Michel Temer (MDB) em 2018 e utilizado até parte do terceiro ano do governo Bolsonaro. Durante a operação Última Milha, a Abin informou que o contrato para uso do software foi encerrado em maio de 2021 e “não está mais em uso”.

    A agência informou, ainda, que iniciou um procedimento para investigar o caso e que atendeu a todas as solicitações feitas pela PF e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

    O FirstMile utilizava informações de GPS para monitorar a localização de pessoas por meio de telefones celulares e tablets, e tinha capacidade de inspecionar até 10 mil aparelhos a cada 12 meses. O programa ainda emitia alertas sobre a rotina de movimentação dos alvos, mas não espionava o conteúdo de conversas ou mensagens.

    Segundo a PF, os investigados podem responder pelos delitos de acesso indevido a dispositivo informático alheio, associação criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

    spot_img

    Últimas Postagens

    spot_img

    Não perca

    Brasília
    céu limpo
    12.5 ° C
    12.5 °
    12.5 °
    67 %
    0kmh
    0 %
    seg
    27 °
    ter
    27 °
    qua
    27 °
    qui
    27 °
    sex
    21 °

    3.141.31.222
    Você não pode copiar o conteúdo desta página!