O agronegócio brasiliano teve um desenvolvimento significativo no primeiro semestre deste ano, com um aumento de 15,5% no Resultado Interno Bruto (PIB) em relação ao mesmo período do ano pretérito.
De concordância com dados do Núcleo de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a tributo do setor à economia do país alcançou R$ 1,35 trilhão nos seis primeiros meses de 2023, diante de R$ 1,16 trilhão no mesmo período de 2022.
O desenvolvimento foi impulsionado por uma série de fatores, incluindo a recuperação da demanda global por commodities agrícolas, o aumento dos preços dos produtos agropecuários e as condições climáticas.
Pilar da economia
“O agronegócio brasiliano em 2023 continua a ser um pilar da economia do País, impulsionando o desenvolvimento e enfrentando desafios de maneira determinada. Com um compromisso crescente com a sustentabilidade e a inovação, o setor está bem-posicionado para enfrentar o horizonte e continuar a desempenhar um papel fundamental na sustento do mundo”, afirma a economista e professora da Instauração Escola de Negócio Álvares Penteado (Fecap), Nadja Heiderich.
Segundo a docente, a sustentabilidade permanecerá no núcleo das atenções, à medida que o Brasil procura satisfazer metas ambientais e atender às expectativas dos consumidores conscientes. A tecnologia desempenhará um papel vital, com a filiação de sistemas de lavra de precisão e a integração de dados para melhorar a eficiência e a tomada de decisões.
“No entanto, desafios persistem, incluindo a urgência de investir em infraestrutura logística para prometer o transporte eficiente dos produtos agrícolas para os mercados internacionais. Questões ambientais, porquê o desmatamento na Amazônia, continuam a atrair a atenção global e exigem esforços contínuos de conservação”, acrescenta.
Soja e milho lideram o desenvolvimento
Os principais produtos responsáveis pelo desenvolvimento do agronegócio brasiliano no primeiro semestre de 2023 foram a soja e o milho.
A safra de soja 2022/23 foi recorde, com uma produção de 154,6 milhões de toneladas, diante de 125,5 milhões de toneladas na safra anterior, de concordância com a Companhia Pátrio de Fornecimento (Conab).
Já a safra de milho 2022/2023 deve saber 131,8 milhões de toneladas, diante de 113,1 milhões de toneladas na safra anterior.
Exportações também cresceram
As exportações do agronegócio brasiliano também cresceram no primeiro semestre de 2023, com um aumento de 17,5% em relação ao mesmo período do ano pretérito.
O valor dos embarques alcançou US$ 100,7 bilhões no primeiro semestre de 2023, diante de US$ 85,5 bilhões no mesmo período de 2022.
Projeções para 2023
O Cepea e a Confederação da Lavra e Pecuária do Brasil (CNA) projetam que o PIB do agronegócio brasiliano continue a crescer em 2023, com um aumento de 35,9% em relação a 2022, alcançando R$ 2,65 trilhões em 2023, diante de R$ 1,95 trilhões em 2022.
Espera-se que a produção de grãos continue a crescer, impulsionada pelo aumento da demanda global por mantimentos e biocombustíveis. Outrossim, o setor pecuário, incluindo mesocarpo bovina e de frango, deve continuar a se expandir.
“À medida que o ano avança, o Brasil está se preparando para colher os frutos de seus esforços no setor agrícola e solidar seu papel porquê líder global no agronegócio. O agronegócio brasiliano é um setor dinâmico e resiliente, que tem se mostrado capaz de superar desafios e continuar a crescer. Com o compromisso de seus produtores e trabalhadores, o Brasil está em papel de destaque para continuar a liderar o mundo na produção de mantimentos e matérias-primas agrícolas”, finaliza Nadja.
