Os valores do milho no Brasil tiveram uma elevação de 7,8% em novembro, impulsionados pela demanda interna mais efetiva, de acordo com a Safras Consultoria.
Os especialistas da consultoria sinalizaram que as próximas semanas estarão marcadas por especulações em relação ao clima.
Apesar das expectativas de melhoria das chuvas no centro-norte do Brasil, ainda há incertezas sobre a regularidade das precipitações, o que deve manter os produtores cautelosos em relação aos negócios.
A demanda favorável pelo milho brasileiro na exportação, por outro lado, tende a perder um pouco de força devido ao maior interesse no cereal norte-americano.
Mesmo assim, os volumes exportados pelo Brasil neste ano deverão ser muito bons, variando entre 55 e 57 milhões de toneladas.
No cenário internacional, houve uma tendência negativa nos preços ao longo de novembro, com a entrada da safra norte-americana de milho e a indicação de melhoria do clima para o desenvolvimento das lavouras na Argentina e no Sul do Brasil.
Valores internos do milho
O preço médio da saca de milho no Brasil foi cotado a R$ 61,93 na quinta-feira (30).
No mercado disponível ao produtor, o valor do milho em Cascavel, Paraná, teve um aumento de 13,21% durante o mês, passando de R$ 53 para R$ 60. Em Campinas/CIF, a cotação avançou 3,10% ao longo de novembro, passando de R$ 64,50 para R$ 66,50. Na região da Mogiana paulista, o cereal foi cotado a R$ 65, registrando um aumento de 8,33% em relação ao final de outubro, quando foi cotado a R$ 60.
Em Rondonópolis, Mato Grosso, o valor da saca teve um acréscimo de 4,65% ao longo do mês, passando de R$ 43 para R$ 45. Já em Erechim, Rio Grande do Sul, o preço subiu 4,62% em novembro, passando de R$ 65 para R$ 68 na venda.
Em Uberlândia, Minas Gerais, o preço na venda ficou em R$ 66 a saca, com um aumento de 10% em comparação com os R$ 60 do final de outubro. E em Rio Verde, Goiás, o preço na venda aumentou 10% ao longo do mês, de R$ 50 para R$ 55.