Curtir o verão no litoral de São Paulo para a virada do ano teve um encarecimento significativo em 2023. Os valores das diárias tiveram um acréscimo de 900% em comparação ao mesmo período de 2022.
Essa situação foi observada nas locações de apartamentos no litoral sul, por exemplo. Nas praias como Guarujá, Santos e São Vicente, houve um aumento de três dígitos em relação ao ano anterior.
De acordo com os dados do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP), o maior aumento ocorreu em residências de dois dormitórios no litoral sul, em municípios como Praia Grande, Mongaguá e Itanhaém. Nos apartamentos com um dormitório, houve um acréscimo de 465% em um ano, enquanto os de dois dormitórios apresentaram aumento de 217%.
O valor da diária na região, em residências com dois quartos, variou de R$ 300 a R$ 3 mil. Já nos apartamentos, os preços foram de R$ 345 a R$ 1,9 mil nos imóveis de um dormitório, e de R$ 550 a R$ 1,7 mil nos imóveis com dois quartos.
Temporada mais cara: aumento nos preços em Santos, Praia Grande e Itanhaém
Cidades do litoral central paulista, como Guarujá, Santos e São Vicente, também tiveram um aumento expressivo. O acréscimo foi de três dígitos em relação ao mesmo período no ano anterior.
O maior aumento no custo da diária foi observado nos apartamentos de quatro dormitórios, com um aumento de 238%, chegando a R$ 2,7 mil. As casas de dois quartos na região, no entanto, tiveram uma redução de 39%. Os preços dobraram nos apartamentos de dois e três quartos, resultando em R$ 1,1 mil e R$ 1,5 mil, respectivamente.
Menos procurado, litoral norte também teve aumento de preços
O encarecimento também atingiu o litoral norte. Embora menos procuradas do que as cidades do litoral sul, Ubatuba, Bertioga, São Sebastião e Ilhabela tiveram o maior aumento percentual em apartamentos de um quarto, com 351%.
Nos imóveis de um a dois dormitórios, os preços das diárias variaram de R$ 700 a R$ 1,8 mil. Essa análise foi realizada com 14 imobiliárias em 12 cidades litorâneas de São Paulo.
De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a alta nos preços pode ser explicada pela maior demanda. Além disso, muitos proprietários optaram por permanecer em seus imóveis em vez de disponibilizá-los para locação. Com a escassez, os preços aumentaram.
O presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto, afirmou ao Estadão que o levantamento foi baseado no preço anunciado para locação, e não no preço final do negócio, que tende a ser menor e varia de acordo com cada caso.