De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados, o crescimento pode ser atribuído à abertura de novos estabelecimentos e promoções
O consumo doméstico no Brasil, mensurado pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), apresentou um aumento de 2,89% em outubro, em comparação com o mês anterior. Comparado a outubro de 2022, houve um aumento de 0,61%. O aumento acumulado no ano foi de 2,64%.
Os dados abrangem diferentes tipos de estabelecimentos, como atacarejo, supermercado convencional, loja de bairro, hipermercado, minimercado e e-commerce. Todos os números são ajustados pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, o aumento pode ser atribuído à inauguração de novas lojas e à realização de promoções. “As ações promocionais geralmente se intensificam no segundo semestre, juntamente com uma renda mais estável e uma menor variação nos preços dos produtos essenciais nos lares”, explicou.
De janeiro a novembro, foram abertas 573 lojas, sendo 306 novas e 267 reinauguradas. Os principais tipos de estabelecimentos foram supermercados (185) e atacarejos (121).
Apesar do aumento registrado no mês, a queda nos preços foi significativa de janeiro a outubro (-6,43%) e nos últimos 12 meses (-5,08%), principalmente devido aos preços do óleo de soja (-30,94%), feijão (-23,12%), cortes bovinos dianteiros (-12,61%) e traseiros (-12,44%), frango congelado (-9,55%) e leite longa vida (-6,10%). O preço da cesta básica caiu de R$ 754,98 em janeiro para R$ 705,93 em outubro, uma variação de -6,43%.
Segundo os dados da Abras, o valor da cesta contendo 35 produtos de grande consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) aumentou 0,10% em outubro em comparação com setembro.
As principais elevações no mês foram batata (11,23%), cebola (8,46%), arroz (2,99%), carne bovina – corte traseiro (1,94%), açúcar refinado (1,88%), tomate (0,97%), extrato de tomate (0,83%), pernil (0,57%).
A maior redução em outubro foi observada na cesta de lácteos, com leite longa vida (-5,48%), queijos muçarela e prato (-1,14%), leite em pó (-0,87%), margarina cremosa (-0,60%).
Nos produtos básicos, as principais reduções foram feijão (-4,67%), óleo de soja (-1,77%), café torrado e moído (-1,23%), farinha de mandioca (-0,65%) e farinha de trigo (-0,56%).
Entre as proteínas que mantiveram a tendência de redução nos preços estão ovos (-2,85%) e carne bovina – corte dianteiro (-0,30%). As elevações foram observadas na carne bovina – corte traseiro (1,94%), pernil (0,57%) e frango congelado (0,54%).
Na categoria de higiene e beleza, as principais reduções foram registradas no sabonete (-0,78%) e no xampu (-0,08%), enquanto foram observadas elevações no papel higiênico (+0,99%) e creme dental (+0,22%). Na limpeza, houve queda no sabão em pó (-1,03%), detergente líquido para louças (-0,42%) e água sanitária (-0,04%).