O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) oficializou, nesta quinta-feira (1), o nome do ex-líder da Rota, Ricardo Mello Araújo, como candidato a vice-prefeito na chapa de Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição em São Paulo (SP) e tem no deputado federal do PSOL, Guilherme Boulos, seu principal adversário no pleito.
“Quando enfrentei um problema na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), levei para o Paulo Guedes (ex-ministro da Economia) e para a Tereza Cristina (ex-ministra da Agricultura), então decidi convidar o Mello Araújo para liderar a Ceagesp. A Ceagesp era um cenário caótico envolvendo dois deputados federais, dos quais não mencionarei os nomes. Lá havia suborno generalizado. Havia cerca de 4 mil carregadores de carrinho, pessoas simples, que pagavam propina de R$ 160 por mês. Havia 200 mulheres que serviam café e pagavam propina de R$ 60 por mês. Havia os Box que eram alugados, um aluguel suspeito a preços muito baixos, mas por fora pagavam propina em notas de R$ 100. Até os caminhoneiros pagavam propina para parar ali. Havia drogas, prostituição e todo tipo de coisa indecente. Mello Araújo montou sua equipe, em grande parte formada por colegas da Polícia Militar, e restabeleceu a ordem. A Ceagesp passou a ser reconhecida como um ambiente por onde circulavam 50 mil pessoas e a ordem foi estabelecida. Portanto, Mello Araújo realizou um trabalho excepcional”, afirmou Bolsonaro durante uma entrevista para o programa Sem Filtro, da revista Oeste.
Segundo Bolsonaro, a expectativa é de que, se eleito, Nunes conceda ao vice o controle da Segurança na capital.
O nome de Mello Araújo foi sugerido a Ricardo Nunes pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto.
Bolsonaro lamentou não ter conseguido emplacar o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) como candidato a prefeito na capital, mas disse que Salles terá outras oportunidades.