Software governamental para prevenir roubos de smartphones possui mais de 400 mil pessoas registradas, mas apenas um pouco mais de 280 mil aparelhos registrados, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
O Celular Protegido, solução com a qual o governo busca evitar roubos de smartphones, conta com 401.450 CPFs cadastrados. Entretanto, somente 282.290 aparelhos foram incluídos na plataforma desde o seu lançamento em 19 de fevereiro.
A discrepância nos números indica que ao menos 30% dos usuários registrados não incluíram nenhum celular em suas contas. Os dados foram revelados na última quinta-feira (21) pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.
“Algumas pessoas estão se cadastrando, mas esquecendo de registrar o celular”, afirmou. “Todas as informações são protegidas, em conformidade com a LGPD [Lei Geral de Proteção de Dados]”.
Mensagens sobre segurança foram emitidas desde o lançamento da plataforma:
🚫 O Ministério da Justiça e Segurança Pública ressaltou que não envia links para cadastro no sistema e que criminosos estão compartilhando links fraudulentos do site – o serviço apenas pode ser acessado por meio do site celularseguro.mj.gov.br ou pelos apps para Android e iPhone (iOS);
📱 Além disso, o ministério assegurou que as informações cadastradas no Celular Seguro não serão utilizadas por nenhum órgão do governo federal, e não é possível acessar os dados armazenados nos celulares.
Como incluir um dispositivo no Celular Protegido
Para acessar o Celular Protegido, é necessário visitar o site e, em seguida, clicar em “Login com gov.br” para inserir login e senha. A página possibilita cadastrar telefones, pessoas de confiança e ocorrências. Veja abaixo como incluir um celular:
Na tela inicial, clique em “Registrar Telefone“;
Selecione a opção “Cadastrar Telefone“;
Insira dados sobre o aparelho, como marca, modelo, número e operadora;
Clique em “Cadastrar“.
Como o Celular Protegido funciona
Com o Celular Protegido, quem tiver o celular roubado, furtado ou perdido poderá informar de uma só vez várias instituições parceiras do governo, como a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e bancos – consulte a lista.
Para que essa notificação seja encaminhada, é necessário registrar uma ocorrência no app. No entanto, não há garantia de bloqueio imediato:
📞 A associação de telefonia ABR Telecom se comprometeu a encaminhar o pedido de bloqueio da linha em até 6 horas para as operadoras, as quais poderão demandar mais 1 dia útil para efetivar a solicitação;
💰 Alguns bancos participantes mencionam bloqueio imediato, mas outros possuem um prazo de até meia hora, a partir do recebimento do alerta feito pelo app.
Além disso, os dispositivos não ficam completamente inutilizados. Para isso, seria necessário bloquear também os sistemas, contudo, entre os principais desenvolvedores, apenas o Google assinou um protocolo de intenções para aderir ao projeto em breve.
O governo também planeja ampliar a parceria com operadoras para bloquear o chip – e não somente o celular – e impedir o recebimento de mensagens de texto que possibilitem recuperar senhas de redes sociais, por exemplo. A expansão deverá ser implementada até 9 de fevereiro de 2024.
