segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Células de mamíferos “comem” vírus que matam bactérias

     

    Os organismos vivos e os seus hábitos ainda são verdadeiras caixas cheias de surpresas para a ciência. Eis que pesquisadores da Monash University, na Austrália, descobriram que as células de mamíferos podem “consumir” um tipo de vírus, técnico em se nutrir de bactérias.

    É tanta reviravolta que nem os pesquisadores compreendem com rigor o que ocorre com as células ao internalizar os vírus bacteriófagos, também conhecidos como fagos. Aparentemente, eles continuam vivos e contribuem com o incremento celular. É o que foi verosímil desvendar, até o momento, conforme indica o estudo publicado na revista científica PLOS Biology.

    Vale sobresair que, hoje, esse tipo de vírus é usado em alguns tratamentos específicos em humanos, como em pacientes imunossuprimidos que estão infectados por superbactérias e correm o risco de morte. Logo, entender os seus processos é fundamental.

    Células que “comem” vírus

    Na natureza, os vírus bacteriófagos podem infectar bactérias e matar suas hospedeiras no processo de replicação oriundo, um tanto já publicado há anos pela ciência. A questão surpreendente é que o pode intercorrer dentro das células de mamíferos, como as de camundongos ou de humanos.

    De forma científica, “concluímos que as células de mamíferos estão internalizando bacteriófagos como recurso para promover o incremento e metabolismo celular”, afirmam os autores do estudo no cláusula.

    Nestes casos, no lugar do vírus tentar tomar o controle do maquinário celular e se replicar, os agentes infecciosos passam a “viver” em simbiose com a célula. O mais interessante é que, segundo os pesquisadores, “os fagos não foram ativamente degradados nem seu aparelho de ejeção foi acionado”.

    Na verdade, “os fagos internalizados se acumulam incessantemente e permanecem funcionais dentro da célula por horas a dias”, afirmam. Em paralelo, como suposto favor por “hospedar” os vírus, as células melhoram o metabolismo celular, a sobrevivência e o incremento. Ainda não se sabe quando e se essa relação simbiótica termina.

    Testes confirmam a hipótese

    Para investigar se essa hipótese de que as células estariam se conectando ao vírus era real, os pesquisadores realizaram alguns experimentos in vitro (em laboratório). Nesse caso, ficaram observando as interações entre os bacteriófagos T4 — especialistas em infectar as bactérias da espécie Escherichia coli — e as células.

    Dissemelhante do que o tino generalidade diria, os vírus não ativaram vias inflamatórias mediadas por DNA, mas desencadearam uma sequência de eventos de vias de sinalização que promovem o incremento e a sobrevivência celular.

    Agora, o objetivo do grupo de pesquisa é entender o porquê dos fagos não provocaram reações e, aparentemente, serem muito recebidos. Nesse ponto, a teoria é também compreender se esses bacteriófagos se beneficiam, de alguma forma, dessa internalização.

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