segunda-feira, 1 julho, 2024
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    Células reprogramadas atrasam processo de envelhecimento em laboratório


    Pesquisadores descobriram que o tratamento com células CAR-T (receptores de antígeno quimérico), já usadas em terapias contra o câncer, consegue revitalizar corpos mais velhos e prevenir problemas relacionados à velhice em jovens. A técnica foi testada e aprovada em ratos, que mantiveram os benefícios ao longo de suas vidas após apenas uma dose — e pode ser o futuro das terapias para retardar o envelhecimento ou senescência e as doenças relacionadas à idade, como diabetes e obesidade.

    Os responsáveis pela descoberta foram os cientistas do Laboratório de Cold Spring Harbor, EUA, que publicaram um estudo contando tudo sobre ela no periódico científico Nature Aging. As células senescentes são as que cessaram a multiplicação, mas não se autodestruíram — com o passar dos anos, nosso corpo torna-se menos eficiente em se limpar, e elas acabam causando inflamações crônicas, levando às doenças da velhice.

    CAR-T contra o envelhecimento

    Para combater as células senescentes, as CAR-T foram modificadas para atacar a proteína da superfície celular que está presente nelas — denominada de receptor plasminogênio uroquinase (uPAR, para facilitar). As células CAR-T foram reprogramadas para se ligar a essas proteínas, eliminando-as.

    Ratos tratados com o composto modificado mantiveram peso corporal menor, metabolismo melhor e maior tolerância à glicose, sendo até mais ativos fisicamente. Os mais velhos rejuvenesceram e os mais jovens envelheceram mais lentamente — mesmo os que receberam dietas altamente gordurosas. 

    Fonte da juventude?

    Segundo os cientistas, nenhuma outra terapia consegue fazer isso. Nos Estados Unidos e no Brasil, o tratamento com células CAR-T já foi aprovado para o combate ao câncer, mas essa é a primeira vez que se comprova o efeito positivo da droga contra os efeitos da velhice.

    Além de não ser prejudicial à saúde e não causar danos aos órgãos, o método com as CAR-T modificadas para combater os uPAR permaneceu presente ao longo da vida dos ratos, persistindo no fígado e baço daqueles que receberam a terapia até 12 meses após a primeira dose.

    Revitalização em humanos

    Os cientistas ainda irão investigar se o efeito na melhoria da saúde poderá garantir a longevidade de fato, passando, eventualmente, para testes com humanos em laboratório. Ainda levará alguns anos para que o tratamento fique disponível para nós, mas a ciência já tem um excelente ponto de partida.

    Fonte: Nature Aging, Cold Spring Harbor Laboratory

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